Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), o reajuste do plano de saúde foi de 15,50% este ano e o país tem 49
milhões de beneficiários, o que representa um aumento de usuários de 2,1% em
relação ao primeiro trimestre do ano passado. Para os clientes de planos
corporativos, o acréscimo anual do valor alcançou a faixa de 19%, conforme
divulgado pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge). O professor
de ciências econômicas da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, João Matos,
explica que os efeitos da pandemia interferem no valor do serviço.
“A ANS suspendeu os reajustes nos planos
individuais devido à covid-19. Foi uma medida protetiva por causa das incertezas
do momento. O ajuste referente ao ano de 2021 tem como base a variação das
despesas dos dois anos anteriores. Em 2020, houve uma queda no uso e esta
diminuição refletiu como um índice negativo em 2022, foi de -8,19%. Isso
aconteceu pela primeira vez na história”, conta o professor.
Diversos fatores podem contribuir para o aumento
nos valores dos planos de saúde. Além da inflação, que foi de 11,73% no
acumulado de 12 meses, a retomada da utilização dos serviços em 2021
impulsionou esse acréscimo.
“As pessoas voltaram a usar em um ritmo até maior.
Essa intensificação aumentou a variação do reajuste (15,5%). Parte dos
reajustes se deve a variação dos insumos, exames, consultas, internação, entre
outros. Outra parte, mesmo na hipótese de que os preços não variassem, se deve
à utilização do plano. Quanto mais acessados por usuários, os reajustes deverão
aumentar mesmo se não houver a variação de preços”, explica Matos.
Dicas para adquirir um plano
de saúde
De acordo com o professor, é importante listar
quais são as necessidades para escolher o plano de saúde que atenda os casos
individuais e os casos do grupo familiar ou corporativo. Além de verificar o
número do registro da operadora, averiguar a situação no ranking de desempenho
fornecido pela ANS e as informações da rede prestadora de serviços no site da
ANS.
“Um plano individual é mais caro, não tem uma opção
de rescisão por parte da operadora e o reajuste é estabelecido pela agência
reguladora. Já o coletivo é mais barato e o reajuste é acertado pela operadora
e com a entidade. Além disso, as coberturas poderão ser regionais, municipais e
nacionais. As referências de preços estão na guia de produtos da ANS, na qual
será possível escolher um produto que vai ao encontro às necessidades do consumidor”,
finaliza o professor.
Confira algumas dicas:
1. Liste as principais necessidades do usuário;
2. Pesquise sobre as operadoras;
3. Confira os valores na agência reguladora;
4. Confira o nome da prestadora de serviço na ANS;
5. Leia o contrato com as informações dos serviços
ofertados.
João Matos - professor de
ciências econômicas na Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio.
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