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sexta-feira, 20 de maio de 2022

Você sabia que o frio interfere no sistema cardiovascular?

Por conta do processo de vasoconstrição periférica, inerentes a baixas temperaturas, no inverno, aumenta a incidência de infarto, AVC e morte súbita

 

Em dias de frio, para ajustar a perda de calor, o organismo coloca em ação um mecanismo para manter a temperatura do corpo constante. Esse processo é denominado de vasoconstricção periférica.

“Sabiamente, o corpo humano diminui o calibre (a grossura) das artérias nas mãos, pés, orelhas, nariz, para diminuir a perda de calor. Isso ocorre para privilegiar e manter a temperatura adequada do coração, cérebro e outros órgãos nobres”, explica Dr. Caio Henrique, cardiologista e arritmologista pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.

Como consequência da diminuição do calibre das artérias e veias, a pressão arterial aumenta, ou seja, ocorre o mesmo quando você aperta a ponta de uma mangueira e a água sai com mais pressão ao permitir que ela volte a fluir pela mangueira.

“Por essa razão, digamos, mecânica ou física, a pressão arterial tende a subir no frio e, por conta disso, no inverno, existe um aumento da incidência de angina (dor no peito causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração), infarto e AVC”, alerta o cardiologista.


Dicas para seguir à risca e manter a pressão arterial normal em dias frios:

- Agasalhe-se bem. Evite exposição ao frio extremo, se possível;

- Mantenha alimentação saudável (evite os excessos típicos do frio e a ingestão de produtos industrializados);

- Mantenha seu peso adequado (não ganhe aqueles quilos a mais nesse período);

- Realize exercícios físicos regularmente, se possível, em ambientes com temperaturas mais controladas;

- Não fume;

- Caso tome remédios, mantenha o uso regular. 

“O desempenho cardíaco fica comprometido com as baixas temperaturas e, por isso, quem sofre maior risco são aqueles que já são doentes, com pressão alta, diabetes e, assim, devem medir sua pressão e se medicar corretamente”, insiste Dr. Caio.

O médico traz dados como o da American Heart Association (AHA), que indicam aumento de arritmias cardíacas e morte súbita, infarto agudo do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC), que sobem em até 25% em períodos de queda de temperatura.

“Na capital inglesa, estudiosos do London School of Hygiene and Tropical Medicine confirmam que a queda repentina dos termômetros leva a uma relação em que para cada grau a menos, em um único dia, ocorrem 200 casos de infarto a mais. E, aqui em São Paulo, uma análise da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, com base em dados do Cadastro Nacional de Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS), de junho a agosto, indicou que sobem em 30% o número de internações em São Paulo causadas por infarto e arritmia, se comparada com os três meses de verão na capital paulista”, finaliza.
 

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