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quarta-feira, 18 de maio de 2022

Qual a diferença entre Lubrificante e Hidratante íntimo?

A Ginecologista Denise Gomes explica sobre a diferença dos produtos e qual o momento ideal para usar cada um deles

 

Um tema que ainda gera muitas dúvidas quando se fala em saúde feminina é a diferença entre lubrificante e hidratante vaginal. Antes de tudo, é importante esclarecer que os dois produtos são indicados quando a mulher identifica algum tipo de ressecamento íntimo, mas cada composição é indicada para situações diferentes. 

Quando se fala em ressecamento vaginal, o incômodo pode provocar pequenos cortes e fissuras na região, além de impactar no desempenho sexual e deixar a área exposta para infecções vaginais e urinárias. 

Em geral, esse tipo de sintoma é mais comum em períodos específicos da vida da mulher, em que ocorre alguma mudança no padrão hormonal, geralmente durante e após a menopausa, nas fases de amamentação e puerpério. Nessas fases, a mulher sente esse ressecamento na vagina que pode trazer desconfortos múltiplos. A doutora Denise Gomes, Ginecologista Obstetra e youtuber do Canal Mamãe Plena, explicou sobre o assunto, pontuando as principais diferenças.

 

Qual a diferença entre lubrificante e hidratante vaginal?

A principal diferença entre lubrificante e hidratante vaginal se resume ao momento de uso, entendam mais sobre:

 

Lubrificante: Quando o ressecamento acontece exclusivamente durante o ato sexual, porque a mulher não está hidratada para penetração sem desconforto ou a região precisa de uma maior hidratação, o produto indicado é o lubrificante, que facilita o contato durante a relação. 

Vale destacar que o emoliente deve ser usado somente no ato sexual, à base de água ou óleo, de acordo com a escolha do casal. Ainda que possa ser utilizado com frequência, não é um medicamento que atua no tratamento do problema, apenas como uma solução momentânea. 

A lubrificação padrão feminina depende de uma série de fatores, como: bom funcionamento hormonal, alimentação e hábitos saudáveis, questões emocionais e até das preliminares. Assim, é fundamental entender o que pode impactar no ressecamento para obter indicação do medicamento correto.
 

Hidratante vaginal: Quando o ressecamento acontece em diferentes situações, independente do ato sexual, a recomendação é que a mulher faça um tratamento com hidratante vaginal. Nesses casos, a composição do produto normalmente não utiliza nenhum hormônio. 

O hidratante irá atuar justamente para repor a água e aumentar a hidratação do órgão, que provavelmente foi perdida por questões hormonais. Quanto ao uso, é indicado adotar uma regularidade contínua, que será prescrita pelo ginecologista na indicação do tratamento, para que a textura da vagina seja revigorada, além de equilibrar o PH e a flora vaginal, o que contribui para diminuir os incômodos. 

Além disso, a mulher também pode usar o hidratante vaginal periodicamente e adotar o lubrificante durante o ato sexual. O uso conjunto não traz nenhum impacto e também não prejudica o resultado do tratamento.

 

Quando começar a usar hidratante vaginal?

Caso você identifique algum dos sintomas de ressecamento vaginal, é fundamental agendar uma consulta com seu ginecologista, que irá recomendar o melhor tratamento para o seu caso. No geral, o processo é fácil, rápido e bastante eficaz na melhora das queixas de quem sofre com esse problema. 

 

Doutora Denise Gomes - formada pela PUC Campinas, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição, é especialista em Genitoscopia e Histeroscopia e Coordenadora de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Municipal do Campo Limpo (SP). Em paralelo à rotina médica, é mãe de dois filhos e mantém um canal no Youtube chamado Mamãe Plena, que foi criado para compartilhar sua experiência com a maternidade e saúde feminina, atualmente possui quase 100 mil inscritos e produz conteúdo semanalmente. Em 2021 lançou o curso Gestação Plena para gestantes e tentantes a baixo custo em uma plataforma online com o objetivo de impactar ainda mais mulheres nesse processo.


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