A Ginecologista Denise Gomes explica
sobre a diferença dos produtos e qual o momento ideal para usar cada um deles
Um tema que ainda gera muitas dúvidas quando se fala em saúde feminina é a diferença entre lubrificante e hidratante vaginal. Antes de tudo, é importante esclarecer que os dois produtos são indicados quando a mulher identifica algum tipo de ressecamento íntimo, mas cada composição é indicada para situações diferentes.
Quando se fala em ressecamento vaginal, o incômodo pode provocar pequenos cortes e fissuras na região, além de impactar no desempenho sexual e deixar a área exposta para infecções vaginais e urinárias.
Em geral, esse tipo de sintoma é mais
comum em períodos específicos da vida da mulher, em que ocorre alguma mudança
no padrão hormonal, geralmente durante e após a menopausa, nas fases de
amamentação e puerpério. Nessas fases, a mulher sente esse ressecamento na
vagina que pode trazer desconfortos múltiplos. A doutora Denise Gomes,
Ginecologista Obstetra e youtuber do Canal Mamãe
Plena, explicou sobre o assunto, pontuando as principais
diferenças.
Qual a diferença
entre lubrificante e hidratante vaginal?
A principal diferença entre
lubrificante e hidratante vaginal se resume ao momento de uso, entendam mais
sobre:
Lubrificante: Quando o ressecamento acontece exclusivamente durante o ato sexual, porque a mulher não está hidratada para penetração sem desconforto ou a região precisa de uma maior hidratação, o produto indicado é o lubrificante, que facilita o contato durante a relação.
Vale destacar que o emoliente deve ser usado somente no ato sexual, à base de água ou óleo, de acordo com a escolha do casal. Ainda que possa ser utilizado com frequência, não é um medicamento que atua no tratamento do problema, apenas como uma solução momentânea.
A lubrificação padrão feminina depende
de uma série de fatores, como: bom funcionamento hormonal, alimentação e
hábitos saudáveis, questões emocionais e até das preliminares. Assim, é
fundamental entender o que pode impactar no ressecamento para obter indicação
do medicamento correto.
Hidratante vaginal: Quando o ressecamento acontece em diferentes situações, independente do ato sexual, a recomendação é que a mulher faça um tratamento com hidratante vaginal. Nesses casos, a composição do produto normalmente não utiliza nenhum hormônio.
O hidratante irá atuar justamente para
repor a água e aumentar a hidratação do órgão, que provavelmente foi perdida
por questões hormonais. Quanto ao uso, é indicado adotar uma regularidade
contínua, que será prescrita pelo ginecologista na indicação do tratamento,
para que a textura da vagina seja revigorada, além de equilibrar o PH e a flora
vaginal, o que contribui para diminuir os incômodos.
Além disso, a mulher também pode usar o
hidratante vaginal periodicamente e adotar o lubrificante durante o ato sexual.
O uso conjunto não traz nenhum impacto e também não prejudica o resultado do
tratamento.
Quando começar a
usar hidratante vaginal?
Caso você identifique algum dos sintomas de ressecamento vaginal, é fundamental agendar uma consulta com seu ginecologista, que irá recomendar o melhor tratamento para o seu caso. No geral, o processo é fácil, rápido e bastante eficaz na melhora das queixas de quem sofre com esse problema.
Doutora Denise Gomes - formada pela PUC Campinas, com residência em
Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição, é especialista em
Genitoscopia e Histeroscopia e Coordenadora de Ginecologia e Obstetrícia do
Hospital Municipal do Campo Limpo (SP). Em paralelo à rotina médica, é mãe de
dois filhos e mantém um canal no Youtube chamado Mamãe Plena, que foi
criado para compartilhar sua experiência com a maternidade e saúde feminina,
atualmente possui quase 100 mil inscritos e produz conteúdo semanalmente. Em
2021 lançou o curso Gestação Plena para
gestantes e tentantes a baixo custo em uma plataforma online com o objetivo de
impactar ainda mais mulheres nesse processo.
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