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quarta-feira, 11 de maio de 2022

Oportunidades no mercado norte-americano têm moldado o investimento internacional

O cenário atual da economia brasileira tem se mostrado oportuno para dar início ou intensificar investimentos internacionais. A inflação doméstica muito provavelmente excederá a meta de 2022, e, consequentemente, a taxa Selic seguirá a forte tendência de crescer. É o que indica o Banco Central: na última reunião, em março, o Copom (Comitê de Política Econômica) do BC aumentou a Selic em 1 ponto percentual, de 10,75% para 11,75% ao ano. A previsão apontada pelo colegiado é que ocorra uma nova alta da mesma magnitude na próxima reunião prevista para maio.

Somada aos altos preços dos commodities (pelo menos no curto prazo), isso resulta na desvalorização do dólar, o que torna o momento propício para investir no mercado norte-americano. Segundo análise de especialistas, o Brasil é o país em que o dólar mais perdeu valor em 2022. O primeiro trimestre do ano fechou com a maior desvalorização em relação ao real em quase 13 anos, chegando à marca de 14,55% de recuo.

No Brasil, investidores iniciantes ou conservadores costumam optar em manter suas apostas somente em investimentos locais ou nacionais, por se sentirem mais seguros e por terem mais propriedade sobre as oportunidades em seu próprio país e sobre as regras necessárias para gerenciá-las. Contudo, é importante considerar que a expansão dos investimentos no estrangeiro abre um leque de possibilidades para aproveitar novas opções numa esfera global e construir um portfólio mais consistente e diversificado.

Vale ressaltar que, além dos investimentos estrangeiros, um portfólio de investimento internacional também deve contemplar o país de origem do investidor, que compõe o mundo globalizado. Por isso, aqueles que estiverem dispostos a mesclar aplicações em seu país e no exterior conseguem agarrar as melhores possibilidades de sucesso em investimentos.

Neste contexto, surge a dúvida sobre qual é o melhor tipo de investimento para evitar possíveis riscos. Como resposta, podemos apostar que comprar ativos em dólares que superem essa inflação é a melhor opção para o investidor brasileiro, que deseja ingressar no mercado internacional com uma oportunidade gratificante, devido à alta inflação nos EUA. Essa é uma das medidas mais acertadas, pois garante alto lucro potencial.


Como começar a investir internacionalmente

Ter um portfólio diversificado com investimentos em países distintos, além de aproveitar as oportunidades mais lucrativas de cada local, protege o investidor contra grandes riscos e torna seu portfólio mais seguro e sólido. Atualmente, qualquer um pode investir no exterior. É uma prática e uma tendência que não envolve grandes segredos.

O mercado imobiliário, por exemplo, já oferece aos seus investidores plataformas de simples acesso, que podem ser manipuladas em qualquer lugar do mundo, para gerenciar as oportunidades mais lucrativas de investimento no exterior, baseado em pesquisas constantes e minuciosas que analisam as opções com os melhores ganhos.


Quais são os possíveis riscos e retornos?

Ao contrário das ações, mesmo sendo considerados investimentos de menor risco, os imóveis oferecem a possibilidade de obter altos retornos, tanto para investidores iniciantes quanto para os experientes. Os preços das moradias ao redor do mundo atingiram um aumento médio de 7,3% no primeiro trimestre de 2021, comparado ao mesmo período do ano anterior. É o crescimento mais rápido desde o final de 2006, segundo a análise do mercado em 56 países, feita pela consultoria imobiliária britânica Knight Frank.

Assim, a tendência vista em diversas regiões é o aumento dos preços das residências acima da taxa de inflação. Segundo uma pesquisa realizada pela Datastore, empresa de pesquisas para o setor imobiliário, mais de 14,5 milhões de famílias planejam adquirir um imóvel nos próximos dois anos, o que indica que a valorização continuará em alta. Por isso, adicionar esse tipo de investimento ao portfólio garante acesso a alguns dos melhores rendimentos globalmente.

Segundo especialistas, o desempenho real do aluguel em 2022 será melhor que em 2021, pois o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve subir menos que no ano anterior e a inflação dos aluguéis provavelmente se manterá em torno de 3% ao ano. A geração de novos empregos e o aumento das taxas de juros também incentivam a demanda por locação. Nos Estados Unidos, os preços de aluguel de moradia registraram um pico após três anos em setembro de 2020, chegando a uma média de US$ 1.867,00. Após uma rápida queda nos anos seguintes, os preços voltaram a subir. 

Todas essas análises ajudam a projetar que o setor imobiliário tende a manter sua trajetória ascendente constante nos mercados internacionais, oferecendo oportunidades plurais para os investidores. Na composição do portfólio, as apostas no setor estão expostas a desafios, mas não necessariamente vinculadas a altos riscos. É preciso considerar que os investimentos no mercado imobiliário são aplicações seguras no médio e longo prazo e, com o apoio de uma consultoria idônea e a mente aberta para os investimentos transfronteiriços, é possível percorrer uma trajetória segura e rentável.

 


Jorge Castellar - diretor global de Vendas da Bricksave e possui MBA em Finanças pelo IBMEC.


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