Professora da
UNICID explica o termo e como nasceram esses profissionais
Durante a pandemia o uso da internet, computadores
e smartphones aumentou significativamente. É possível perceber um avanço
tecnológico com reuniões a distância, assistentes digitais, chats online, vídeo
conferências e diversas modernidades que nasceram e foram evoluindo cada vez
mais com o intuito de tornar a vida dos trabalhadores mais fácil e
prática.
Diante de tantas mudanças no cenário do trabalho,
como por exemplo, o home office, nasceram os chamados Nômades Digitais. Segundo
a professora da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), instituição que
pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, Ana Beatriz Teixeira Silveira,
são os profissionais adeptos à liberdade, isto é, ao trabalho com
responsabilidade, mas com a possibilidade de conciliar as necessidades pessoais
e profissionais.
O nômade digital tem espírito livre e produz muito
melhor em condições ambientais diversas. No processo de recrutamento e seleção
é necessário identificar o perfil do profissional que a empresa precisa, pois
cada uma terá certa demanda. Em geral o nômade digital precisa se sentir
seguro, logo, necessita de uma remuneração que possibilite esse estilo de vida;
planos de saúde flexíveis, que atendam o profissional em diferentes lugares do
país e do mundo; contas em bancos versáteis para que o profissional possa fazer
as transações financeiras com a empresa contratante e o lugar em que ele estiver
trabalhando e modelos de reuniões virtuais regulares, para manter o
profissional, mesmo distante, vinculado à empresa para manter o engajamento
elevado.
A professora Ana Beatriz Teixeira ainda explica que
as empresas podem se beneficiar com estes tipos de contratações. “O tipo de
contrato destes profissionais normalmente não é CLT, mas sim PJ e isso já
impacta em certa economia para a empresa. É considerado também, a otimização do
espaço de trabalho. O Nômade Digital não utiliza os espaços das empresas, pois
utiliza espaços alternativos que vão da própria residência, cafés, hotéis,
bibliotecas, espaços compartilhados etc. Outro aspecto favorável é o perfil
desse profissional. Ele precisa ser muito engajado com o trabalho,
disciplinado, organizado, proativo e decidido. Essas características
profissionais não são tão comuns de serem encontradas em abundância no mercado,
porém acrescem o capital intelectual da organização”, completa.
Ainda é importante entender que se os empregadores
não estão preparados para ter o desapego da cultura das 8h diárias em ambiente
confinado que é muito enraizada no Brasil, isso vai na contramão do
profissional nômade digital. Se a empresa está preparada para isso, vale
investir. Assim, começa o processo de implantação com profissionais que
efetivamente podem fazer o trabalho remoto. Os desenvolvedores, tradutores,
designers, ilustradores, professores, analistas e gestores de mídias sociais,
por exemplo, são profissionais que lidam muito bem com o trabalho remoto e vão
adorar a oportunidade de alinhar o trabalho e a possibilidade de entender e
viver outras experiências simultaneamente. Hoje já é possível encontrar no
mercado de trabalho diversas profissões consideradas tradicionais, mas que
atuam à distância e com muita eficiência.
A professora finaliza dizendo que deve haver um
equilíbrio e esforço para dar certo dos dois lados. Tanto da empresa, quanto do
empregado. “É necessário reforçar que a maturidade da empresa precisa estar
adequada a essa realidade, que pelo desenho do mercado, será uma tendência. O
nômade digital deve ser disciplinado, organizado e comprometido com o trabalho,
logo as entregas das tarefas é que passam a ser o "controle" do
trabalho e não mais o tempo dentro da organização. ”
UNICID
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