Vamos começar a nossa conversa com uma boa dose de conhecimento. As plantas precisam de nutrientes para produzir, principalmente nitrogênio, fósforo e potássio. Longe do que costumamos ler, as variedades mais modernas das principais culturas agrícolas não foram projetadas para serem amplamente dependentes dos insumos, como o fertilizante e os agrotóxicos, mas sim, para serem produtivas.
Contudo,
para isso acontecer, é necessário o uso de elementos fertilizantes e dos
agrotóxicos, muitas vezes dando suporte para preservar seu potencial produtivo
e aproveitar ao máximo os investimentos e o trabalho dos agricultores.
Sem
fertilizantes e sem proteção contra pragas e doenças, a produção das seis
culturas mais importantes do mundo (arroz, trigo, milho, cevada, soja, batata)
cairia mais de 50%. Dentro desse cenário e pensando na atual demanda do nosso
planeta, as reservas mundiais para cada um desses alimentos básicos não
excederia nem mesmo algumas semanas. Portanto, a adubação das culturas
contribui tanto para a quantidade quanto para a qualidade da produção vegetal,
na qual se baseia o sistema alimentar global.
Segundo
dados da FAO, em 2015, 795 milhões de pessoas ainda sofriam de fome, ou seja,
uma em cada nove pessoas no mundo. Trinta anos atrás, essa proporção era de uma
em cada quatro. A população mundial continuará a crescer e deverá chegar
próximo de 10 bilhões de habitantes em 2050. Considerando que os recursos da
terra agrícola são limitados e ameaçados pela expansão urbana, o aumento da
produtividade é o principal fator para reduzir a fome e a pobreza no mundo.
Diante
disso, é óbvio que o respeito ao meio ambiente é uma condição necessária para o
desenvolvimento de uma agricultura sustentável. O questionamento é saber se
essas realidades são conciliáveis. Nos últimos anos, termos como
“economia circular”, “recuperação e reutilização de nutrientes”, “eficiência de
matéria-prima”, “gases do efeito estufa” e “bioeconomia” entraram no
vocabulário básico dos formuladores de políticas públicas e da sociedade
industrial. Esses conceitos estão no centro dos desafios e oportunidades que
encontramos diariamente.
No
entanto, enquanto os fertilizantes minerais permitem que os agricultores
abasteçam suas terras com os nutrientes necessários para o desenvolvimento da
vida, seu papel e importância na abordagem de alguns dos desafios
globais são ainda pouco conhecidos. Quer um exemplo? A indústria de
fertilizantes está comprometida com a inovação, por meio da pesquisa, e se
esforça para garantir o uso e a produção segura, sustentável e eficaz de seus
produtos.
Quantas
pessoas você conhece, que têm conhecimento a respeito dessa
informação? Atualmente, graças às pesquisas das principais instituições do
país e também de produtores, variedades com alto potencial produtivo são
capazes de resistir naturalmente às pragas e doenças. Isso permite conciliar
colheitas abundantes com uso limitado de agrotóxicos. Para os
agricultores, controlar os custos de produção é vital usar menos produtos
(fertilizantes, produtos fitossanitários, etc.) como forma de economizar dinheiro.
O
raciocínio por trás do uso de fertilizantes está no aproveitamento do progresso
contínuo trazido pelo melhoramento das variedades, enfatizando a eficácia de
todos os insumos de nutrientes (fertilizantes minerais, orgânicos e
organominerais). A nutrição equilibrada da planta com todos os elementos
minerais produz alimentos de bom valor nutricional e de alta qualidade
organoléptica (sabor, cor, odor, textura).
A
ausência de um dos nutrientes resulta em uma qualidade degradada e uma
diminuição no rendimento da cultura. Sintomas de deficiência revelam distúrbios
fisiológicos sofridos pelas plantas, promovendo o desenvolvimento de produtos
agrícolas de baixo valor de comercialização.
Além
de todos esses fatores, os agricultores são particularmente sensíveis à
qualidade do ambiente. Afinal, a natureza é ao mesmo tempo sua ferramenta de
trabalho e a atmosfera de vida de sua família. Daí os esforços constantes para
tornar realidade um conjunto de práticas culturais favoráveis ao ambiente
natural. Dentre esses pilares, podemos citar a preservação da mata ciliar ao
longo dos cursos dos rios, a cobertura vegetal para evitar solos descobertos,
sistema de plantio direto para a microbiologia, a conservação do solo, entre
outras.
Valter Casarin - Coordenador Científico da NPV
NPV - Nutrientes para a Vida
https://www.nutrientesparaavida.org.br/
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