O médico Ramon de Mello explica que alguns procedimentos devem ser evitados
A autoestima ajuda a superar desafios durante o
nosso dia a dia e se torna ainda mais importante para os pacientes em tratamento
contra o câncer. Porém, alguns procedimentos estéticos devem ser evitados e
outros podem ser recomendados pelo especialista. “A quimioterapia, por exemplo,
reduz a imunidade do paciente, deixando-o com maior predisposição a infeções e,
por consequência, amplia as possibilidades de sangramento espontâneos. Por
isso, alguns procedimentos estéticos devem ser evitados nesse período”, orienta
o médico oncologista Ramon Andrade de Mello,
professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da
Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita
Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto,
Portugal.
Durante o tratamento quimioterápico, a
pele fica ressecada e pode inclusive apresentar lesões, que resultam em reações
alérgicas. “O paciente poderá usar produtos que reduzam esses impactos, mas é
importante ter a recomendação médica para a indicação de soluções adequadas”,
afirma o oncologista.
Por outro lado, a aplicação de botox e
a micropigmentação não são recomendados durante o tratamento. “De um modo
geral, o paciente deve evitar todos os tipos de procedimentos mais invasivos,
inclusive fazer a barba e depilação devem ter orientação médica”, esclarece
Ramon de Mello. Segundo ele, o importante é aguardar de 3 a 6 semanas após a
conclusão do tratamento e fazer uma reavaliação com o especialista para retomar
procedimentos estéticos: “Inclusive com a pintura do cabelo. As tintas dispõem
de substâncias que podem causar irritação durante esse período”.
Dr.
Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert
Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.
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