Educador financeiro do C6 Bank compara opções de investimentos de renda fixa
A taxa básica de juros do Brasil saltou de 2% ao ano em
março de 2021 para os atuais 12,75% ao ano. A mudança de cenário levou muitos
investidores a repensar a distribuição de suas carteiras de investimentos, pois
a alta dos juros favorece a renda fixa.
“Muitas aplicações de renda fixa têm sua rentabilidade
atrelada à Selic e, por isso, ficaram mais atrativas nos últimos meses. Com
isso, muitos investidores perceberam que não precisavam se expor tanto à
volatilidade da renda variável para obter bons rendimentos”, afirma Liao Yu
Chieh, educador financeiro do C6 Bank.
Mas nem todos os investimentos de renda fixa são iguais. A
poupança, por exemplo, fica ainda mais prejudicada no comparativo com outras
opções de renda fixa quando os juros estão altos como agora. Liao explica que
isso acontece porque a rentabilidade da caderneta é calculada de duas formas.
“Quando a taxa Selic está abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de
70% da taxa Selic + TR (Taxa Referencial), que atualmente está em torno de
0,05% ao mês. Já quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, como agora, o
rendimento da poupança é de 0,5% ao mês prefixado + TR. É pouco comparado a
outros produtos de mesmo risco”, explica.
Para facilitar, o professor fez as contas de quanto
renderiam R$ 5 mil investidos durante um ano na poupança e em um Certificado de
Depósito Bancário (CDB) com liquidez diária e rendimento de 101% do CDI. Na
poupança, depois de um ano, o investidor teria R$ 5.345,55, estimando uma TR de
0,70% ao ano. Já no CDB com liquidez diária, usando o CDI estimado pela curva
de juros da B3, o investidor teria R$ 5.546,95, ou seja, R$ 201,41 a mais.
Além do rendimento maior, o educador financeiro do C6 Bank
explica que os CDBs e a poupança de um mesmo banco oferecem o mesmo risco de
crédito e a mesma garantia. “Tanto a poupança quanto o CDB possuem a proteção
do Fundo Garantidor de Créditos (FGC)”, explica Liao.
O professor alerta, porém, que a
poupança pode ser boa opção de investimento em um único caso. “Para quem não
tem conhecimento e nem disciplina financeira, a poupança pode ser um bom ponto
de partida. Para essas pessoas, não guardar na poupança significa, na maioria
das vezes, gastar o dinheiro com coisas desnecessárias e ficar desprotegida em
casos de emergência. Com o tempo, adquirindo conhecimento e o hábito de
investir, a pessoa pode migrar para investimentos melhores”, diz Liao.
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