Cerca de 18% das mulheres sentem dor durante a relação sexual e, dentro desse número, cerca de 5% são sexualmente ativas e sente dor por causa do vaginismo. Essa condição impede muitas mulheres de serem mães, porque uma mulher com vaginismo não consegue ter uma relação sexual que a deixe grávida.
Embora a maioria dos casos de vaginismo possa ser
curada, a condição é dolorosa e perturbadora e faz com que muitas mulheres
abandonem o sexo para sempre. O vaginismo é erroneamente entendido como sexo
doloroso - na verdade, é onde alguns ou todos os tipos de penetração vaginal
são impossíveis.
A condição é a reação automática do corpo ao medo
da penetração e, quando tentada, os músculos vaginais se contraem por conta
própria. “É claro que isso não exclui todos os tipos de contato sexual, mas
torna a relação sexual impossível até que a condição seja totalmente tratada”, explica a fisioterapeuta
pélvica, Débora Pádua de SP, especialista neste tipo de disfunção, que alerta:
“Temos muitas pacientes que têm filhos. A probabilidade é muito menor, mas ela
pode sim engravidar”.
Porém, vale lembrar que a grande questão vem
depois: realizar os exames ginecológicos. “Esse é o problema de muitas das
nossas pacientes, pois precisam encontrar um obstetra que entendam suas
condições, sejam mais gentis e humanos, para compreender que não é possível
realizar alguns exames ou tratamentos necessários”, avisa a especialista.
Ou seja, é muito importante buscar tratamento antes
de engravidar! “Engravidar curada do vaginismo evita desconfortos e problemas
durante e após a gestação”, comenta Débora.
As mulheres são propensas a se preocupar com seus
“relógios biológicos”, e o vaginismo é outra coisa que aumenta o estresse neste
sentido. “Seja solteira ou não, buscar o tratamento para o vaginismo é sinônimo
de uma vida mais livre para realizar o sonho da gestação já que o vaginismo tem
cura e é através da fisioterapia pélvica que tornamos possível se livrar dessa
dor tão incômoda”, finaliza a fisioterapeuta.
Débora Padua -
educadora e fisioterapeuta sexual. Graduada pela Universidade de Franca (SP) durante 5 anos fez parte
do corpo clínico da Clínica Dr. José Bento de Souza e foi responsável pelo
setor de Uroginecológia do Centro Avançado em Urologia de Ribeirão Preto (SP).
Atualmente atende em sua clínica na capital paulista especializada no
tratamento de vaginismo. Telefone: (11) 3253-6319.
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