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terça-feira, 17 de maio de 2022

5% das mulheres deixam de ser mãe por conta do vaginismo

Cerca de 18% das mulheres sentem dor durante a relação sexual e, dentro desse número, cerca de 5% são sexualmente ativas e sente dor por causa do vaginismo. Essa condição impede muitas mulheres de serem mães, porque uma mulher com vaginismo não consegue ter uma relação sexual que a deixe grávida.

 

Embora a maioria dos casos de vaginismo possa ser curada, a condição é dolorosa e perturbadora e faz com que muitas mulheres abandonem o sexo para sempre. O vaginismo é erroneamente entendido como sexo doloroso - na verdade, é onde alguns ou todos os tipos de penetração vaginal são impossíveis. 

A condição é a reação automática do corpo ao medo da penetração e, quando tentada, os músculos vaginais se contraem por conta própria. “É claro que isso não exclui todos os tipos de contato sexual, mas torna a relação sexual impossível até que a condição seja totalmente tratada”, explica a fisioterapeuta pélvica, Débora Pádua de SP, especialista neste tipo de disfunção, que alerta: “Temos muitas pacientes que têm filhos. A probabilidade é muito menor, mas ela pode sim engravidar”. 

Porém, vale lembrar que a grande questão vem depois: realizar os exames ginecológicos. “Esse é o problema de muitas das nossas pacientes, pois precisam encontrar um obstetra que entendam suas condições, sejam mais gentis e humanos, para compreender que não é possível realizar alguns exames ou tratamentos necessários”, avisa a especialista. 

Ou seja, é muito importante buscar tratamento antes de engravidar! “Engravidar curada do vaginismo evita desconfortos e problemas durante e após a gestação”, comenta Débora. 

As mulheres são propensas a se preocupar com seus “relógios biológicos”, e o vaginismo é outra coisa que aumenta o estresse neste sentido. “Seja solteira ou não, buscar o tratamento para o vaginismo é sinônimo de uma vida mais livre para realizar o sonho da gestação já que o vaginismo tem cura e é através da fisioterapia pélvica que tornamos possível se livrar dessa dor tão incômoda”, finaliza a fisioterapeuta.

 

Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual. Graduada pela Universidade de Franca (SP) durante 5 anos fez parte do corpo clínico da Clínica Dr. José Bento de Souza e foi responsável pelo setor de Uroginecológia do Centro Avançado em Urologia de Ribeirão Preto (SP). Atualmente atende em sua clínica na capital paulista especializada no tratamento de vaginismo. Telefone: (11) 3253-6319.


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