“—Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois, o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas” – Jesus Cristo (Matheus 19:14)
Inspirada nessas palavras, sem pretensões
históricas ou religiosas, apenas me deixando levar pela inspiração, quem sabe a
tradição do coelho botando ovos de chocolate tenha se mantido firme, ao longo
dos anos, justamente porque, ao se espelhar em uma criança, reforça a busca
coletiva por um ser humano de coração mais depurado.
Fato é que uma criança, por sua pureza de alma,
expressa cristalinamente o que sente. Em sua ingenuidade não mede esforços
na capacidade de sonhar, por exemplo, no dia de Páscoa ser capaz de ficar
esperando a hora de procurar os ovos de chocolate escondidos pelo coelhinho.
Venhamos e convenhamos ser uma experiência de
grande bem-estar se pôr a procurar dos doces escondidos pelo coelho ou mesmo
estar diante do sorriso de uma criança quando o encontra. Sem dúvida, algo que
se torna reflexo de doçura, felicidade e a mais pura ingenuidade.
Fato é que a Páscoa Cristã é falar de sentimentos
em seus distintos grupos, desde aqueles sentidos como não prazerosos —
sofrimento, crucificação, morte… até os que são sentidos como prazerosos —
ressurreição, bem-estar, vida e esperança.
Vida que no domingo de Páscoa é celebrada na
vibração das crianças, a quem aos céus pertence. Vibração ressoada na união em
família, na fala em ressurreição e que, através da inspiração da prosperidade,
agrega os sentimentos de liberdade, redenção e fé ao tocar os corações com
gratidão, esperança e perdão.
Páscoa, quando a liberdade nos proporciona o livre
arbítrio, a redenção nos habilita a melhorar como pessoa e a fé nos fortalece
pela inabalável confiança. E seria assim que esses três sentimentos tocam os
nossos corações com a gratidão por nossa existência, com o perdão necessário
para a convivência na terra e com a esperança da predominância do amor
altruísta entre nós, seres humanos.
Beatriz Breves - psicóloga,
psicanalista, física e psicoterapeuta. Sua especialidade é a Ciência do Sentir
e os mais de 500 sentimentos listados durante 35 anos de pesquisa.
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