Alimentação
natural pode ser uma saída para que os animais recebam a visita do coelhinho
sem prejudicar a saúde
Páscoa chegando, e a vontade de presentear os
filhos pets vem junto. Afinal, se todo mundo ganha, por que eles não mereceriam
um agrado? “Merecem, claro. Os pets merecem todos os mimos, afinal, são nossos
parceiros, fazem parte da família. Mas a Páscoa para eles não pode ser a mesma
Páscoa para a gente. Cachorros e gatos não podem de jeito nenhum comer
chocolate, por exemplo”, explica o médico veterinário Dr. Luis Fernando de
Moraes, consultor da Organnact, marca que pesquisa e produz suplementação e
comida natural para pets. Ainda segundo o médico veterinário, o problema do
chocolate não é – apenas - o açúcar, mas sim as substâncias presentes nele. “O
chocolate possui teobromina e cafeína, por exemplo, que são substâncias tóxicas
para os pets. E quanto mais escuro for o chocolate, maior o teor dessas
substâncias, que podem levar o cachorro a quadros de vômito, diarreia,
hiperssalivação, tremores e até à morte”, alerta Luis Fernando.
Mas, então, o que oferecer para os pets em datas
especiais, como a Páscoa?
A comida natural pode ser uma saída saudável e que
agrada – e muito – o paladar dos animais. “A alimentação natural é uma
alternativa às rações e petiscos industrializados, aquelas que chamamos de alimentação
seca. Na natural podemos incluir alimentos que são encontrados na dieta dos
humanos e que são permitidos numa dieta animal, como carnes, alguns vegetais,
algumas frutas”, explica Luis Fernando. Além de oferecer mais nutrientes, a
alimentação natural não oferece, por exemplo, conservantes, corantes e
aromatizantes artificiais. “No entanto, é muito importante sempre consultar um
médico veterinário ou um zootecnista para oferecer esse tipo de dieta, mesmo
que em forma de petiscos. Ela é muito benéfica para os pets, mas deve ser
equilibrada”, alerta o médico.
E não é nada difícil encontrar petiscos naturais
nas pet shops hoje pelo Brasil. Chocolate pra cachorro, bife desidratado, chips
e biscoitos são algumas das opções, desenvolvidas por marcas que acompanham os
pais e mães de pets que hoje querem investir em saúde e bem-estar de seus
filhos peludos. A Organnact, empresa que há 30 anos está no ramo da
suplementação, recentemente lançou sua linha Kitchen, que oferece alimentação
natural. “Essa com certeza é uma área em expansão. O segmento de pet food é o
que mais cresce atualmente no setor, e cada vez mais existe uma preocupação das
famílias em investir em saúde para cães e gatos”, conta Luis.
Feito em casa
Para além dos encontrados nas prateleiras, é possível
também apostar em receitas caseiras. Mas o Dr. Luis Fernando é categórico sobre
os perigos. “Fazer essas receitas que hoje vemos na internet pode ser um risco
para a saúde dos pets. É preciso sempre a orientação de um profissional, que
pode sim ensinar receitas naturais, mas que se adequem à realidade daquele
animal”. O risco maior é sempre de intoxicação, mas existe também o risco de
obesidade. “Hoje a obesidade é comprovadamente uma das maiores causas na
diminuição da longevidade do pet. Cães ou gatos obesos podem viver uma média de
30% menos que os outros, por isso a oferta de petiscos, mesmo que eles sejam
naturais, deve ter o acompanhamento de um médico veterinário ou zootecnista”,
finaliza o veterinário.
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