Sensação de prazer, bem-estar físico e mental e segurança em relação ao parceiro – são alguns dos sentimentos que a ocitocina pode proporcionar à saúde da mulher. Conhecido com o “hormônio do amor”, a ocitocina é produzida pelo hipotálamo e armazenado na hipófise posterior. Costuma ser liberada no organismo feminino em três momentos: parto, amamentação e orgasmo.
Entre os benefícios causados à saúde estão: melhora
do humor e redução da ansiedade. Além disso, estimula às contrações uterinas na
hora do parto e facilita no processo da amamentação. No entanto, a diminuição
da ocitocina pode causar efeito contrário, sobretudo, no período da menopausa.
É nesta fase que os sintomas são mais visíveis e,
normalmente, estão associados a aspectos físicos e psicológicos: palidez, olhar
infeliz, olhos secos, fata de expressividade, diminuição da libido, estresse,
redução da função cognitiva, distúrbio do sono, falta de lubrificação da glande
durante o sexo, entre outros sintomas.
Nestes casos, o uso da reposição hormonal pode ser
um auxílio para todo o corpo - já que o hormônio tem como função modular e
prevenir doenças cardíacas e vasculares, acelerar a cicatrização da ferida,
aumentar o prazer no orgasmo e aumentar o apego entre os amantes. E, ainda,
estimular o impulso sexual, comportamental e sentimentos afetuosos.
Mas será que todas as mulheres apresentam problemas
devido à diminuição de ocitocina durante a menopausa?
Para o Dra. Fabiane Berta, ginecologista endócrina,
“cada mulher pode passar o período de forma individualizada. A ideia de que a
menopausa é problema e um momento difícil e complicado é um grande mito. A
verdade é que o período é de transformação e de muito aprendizado para a maturidade”,
explica.
Por conta do tabu, muitas mulheres acabam sendo
atendidas e medicadas de forma incorreta. O declínio hormonal pode ser
confundido com sintomas da depressão, fazendo que elas iniciam um tratamento
com medicações desnecessárias.
O que acontece com o corpo é que a atividade da
ocitocina diminui com o avançar da idade nas áreas centrais do cérebro que são
importantes para as emoções, tornando a necessidade de suplementação de
oxitocina progressivamente. Os níveis em idosos precisam ser muito maiores para
saturação compensatória não espontânea dos receptores. Para essa suplementação
existem algumas opções: injetáveis, nasais, implante e oral.
O cuidado com a saúde física e mental é algo indispensável durante todas as etapas da vida e que merece atenção especial durante a menopausa.
Dra. Fabiane Berta - especialista em
Ginecologia Endócrina pela Santa Casa-SP. Pós-Graduanda em Endocrinologia
clínica, longevidade saudável aplicada ao antienvelhecimento genético.
Idealizadora do movimento #OCITOCINE-SE, que tem por objetivo compartilhar amor
por meio da ciência, restaurando à saúde física e mental do ser humano. Apoiada
pelo centro de Genoma e células tronco na USP, em desenvolvimento de pesquisas
e análises clínicas, laboratoriais e genética como prova terapêutica dos
protocolos embasados na ação hormonal.
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