Apesar das
restrições ao longo do tratamento, é preciso buscar oportunidades e contribuir
com uma boa formação social e educacional de crianças e adolescentes com câncer
Nesta sexta-feira, 8 de abril, é celebrado o Dia Mundial do Combate ao Câncer. Além de reforçar a importância da atenção aos sinais e sintomas para o diagnóstico precoce, a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reitera a necessidade de crianças e adolescentes com câncer serem assistidos e devidamente orientados.
Ainda existem inúmeras dúvidas acerca daquilo que o público infantojuvenil em tratamento oncológico deve ou não fazer. Uma delas é frequentar a escola. Segundo o Dr. Neviçolino de Carvalho, médico oncologista e presidente da SOBOPE, a recomendação depende da fase de tratamento em que o paciente está.
"Há
etapas do tratamento em que há maior risco de infecções devido à queda das
células de defesa causada pela quimioterapia e radioterapia. Neste caso, o
recomendado é não frequentar a escola. O melhor momento de voltar às aulas deve
ser orientado pelo oncologista que trata a criança", afirma o
especialista.
Outra
questão recorrente está relacionada à prática esportiva. De acordo com o
oncologista, a terapia contra o câncer pode provocar anemia e diminuição das
plaquetas e, nesse contexto, as atividades físicas não são recomendadas.
“Novamente, cabe uma avaliação do profissional que acompanha o tratamento”,
reforça.
Poder ou não
frequentar piscina e praias é mais um ponto que gera dúvidas. "Em geral, a
maioria dos pacientes tem cateteres centrais e, em muitos momentos do
tratamento, estão vulneráveis à infecção. A pele fica mais sensível. Portanto,
o recomendado é não liberar até que o quadro evolua e o oncologista
permita", responde o presidente da SOBOPE.
Apesar de administrar restrições durante o tratamento, é essencial que os
responsáveis ajudem a garantir uma boa formação social e educacional para
crianças e adolescentes com câncer. Para o Dr. Neviçolino, “na medida do
possível, eles não devem deixar de ter suas experiências. Caso surjam janelas
de oportunidade, vale conversar com o médico”.
Novos casos
O Instituto
Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam
diagnosticados no Brasil 8.460 novos casos de câncer infanto-juvenis (4.310 em
meninos e 4.150 em meninas), o que corresponde a um risco estimado de 137,87
casos novos por milhão no sexo masculino e de 139,04 por milhão para o sexo
feminino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário