Levantamento realizado pelo perfil do Instagram @FestadaFirma, contou com respostas de mais de 30 mil pessoas sobre home office, terapia, rotina exaustiva e como estão as iniciativas e comportamento das empresas em relação ao tema
Não
é de hoje que a saúde mental é um desafio global e uma discussão constante no
mundo corporativo. Com o retorno aos escritórios, as reflexões voltam à tona
seja sobre os benefícios do home office, a tendência da semana de quatro dias,
a qualidade de vida oferecida pelas empresas ou a pressão pelos resultados.
Pensando nisso, o @FestadaFirma, perfil de memes
corporativos no Instagram que reflete "a firma como ela é", fez uma
pesquisa para saber como anda a saúde mental dos seguidores e o comportamento
das empresas sobre o tema neste momento.
Em
tempos de movimentos como "A Grande Resignação", fenômeno iniciado
pelos americanos, mas que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil, o que
vale mais: um emprego que pague muito bem ou um ganhar menos e ter qualidade de
vida? A pesquisa do FestadaFirma contou com mais de 30 mil respondentes
e se eles tivessem que escolher entre ganhar mais e ter uma alta carga
horária ou ter mais qualidade de vida e flexibilidade com menores
salários, 88% escolheriam a segunda alternativa.
Não
voltaremos à rotina da mesma forma como vivíamos antes e as empresas que não se
adaptaram, precisam rever seus conceitos. Para 56% dos
respondentes, o home office contribuiu para a saúde mental, mas 55%
alegaram que a empresa não respeita o horário de trabalho estipulado.
Questionados
sobre a preocupação da empresa em relação à saúde dos funcionários, 49% não
acham que seus empregadores são empáticos em relação ao bem-estar dos
colaboradores. De acordo com a pesquisa, 67% dos entrevistados já pensaram
em fazer ou fazem terapia devido à pressão no ambiente corporativo. E 72%
consideram suas rotinas de trabalho exaustivas.
Se
falarmos do cenário das startups, encontramos ambientes em que as
empresas estão tecnicamente suportadas por ferramentas e tecnologias em todas
as frentes, mas também há uma corrida contra o tempo, que nem todos conseguem
se adaptar. Entre as respostas recebidas sobre o clima corporativo, foram
mencionados aspectos como pressão, foco em resultados, falta de organização
devido ao rápido crescimento e a agressividade das metas. O @FestadaFirma também se aprofundou
sobre esse mercado específico e obteve respostas de mais 4 mil pessoas.
Dos
respondentes que trabalhavam em uma startup, 67% sentem que sua saúde mental
está sendo afetada por conta do trabalho. Questionados sobre as iniciativas
das empresas nesse sentido, 55% disseram que a startup não tinha ações
voltadas à saúde mental e 85% gostariam que ela desse mais atenção a
essa área.
Entretanto,
culturalmente as startups também estão mais propensas a pensar nesse tipo de
política interna já que é um mercado competitivo e, pelo seu crescimento,
precisam cuidar de questões de marca empregadora para sustentar a expansão por
meio do capital humano. Portanto, também há bons relatos de seguidores
que mencionaram que essas empresas estão muito à frente das tradicionais
quando se fala em iniciativas para saúde mental.
Seja
em empresas tradicionais ou startups, falar sobre saúde mental e ter
iniciativas que realmente proporcionem ambientes mais humanos são essenciais
para manter relações e negócios mais sustentáveis e duradouros.
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