Células-tronco ganham espaço na busca por um futuro longevo aliado à
qualidade de vida
Com o avanço da medicina regenerativa, o
armazenamento e criopreservação de células-tronco tornam-se saída preventiva
para garantir a qualidade de vida das novas gerações
Com o aumento da expectativa de vida nas últimas
décadas, a discussão sobre como conquistar longevidade e qualidade de vida
ganha cada vez mais espaço. Neste contexto, uma das alternativas é a medicina
regenerativa e o desenvolvimento de tratamentos promovidos por meio da
criopreservação de células-tronco, capazes de melhorar condições muitas vezes
associadas ao envelhecimento e até então consideradas intratáveis, como as
doenças degenerativas.
Essa solução visa a regeneração de tecidos e órgãos danificados no corpo, estimulando sua cura. As células-tronco mesenquimais formam os tecidos sólidos e podem se transformar, entre outros tipos, em células de músculo, cartilagem, pele, neurônios, células de coração, vasos sanguíneos e células produtoras de insulina. Dessa forma, a criopreservação é considerada uma maneira eficiente de preservar o organismo para o futuro, garantindo a substituição de partes do corpo que já não estejam funcionando bem.
As pesquisas acerca da utilização de
células-tronco para promoção da saúde têm sido cada vez mais difundidas no
mundo. Prova disso é que há um número crescente de entidades médicas dedicadas
ao tema no Brasil e no exterior. Segundo o Site PubMed, da National Library of
Medicine, dos EUA, 41.313 publicações científicas com o termo Stem Cell
(células-tronco) foram registradas em 2021. Em 2011, uma década atrás, esse
número foi de 22.741.
Aliança científica no Brasil
Por meio de uma aliança científica com o centro de processamento celular R-Crio, a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (ANADEM) apoia a validação de métodos de obtenção de células-tronco, objetivando a criopreservação final e fortalecendo-a como procedimento acessível de preservação do organismo. Para isso, são trabalhadas três principais fontes de coleta: polpa dentária (de dentes de leite); tecido adiposo (lipoaspirado); e periósteo do palato (feito por meio do periósteo do palato duro).
“Hoje, 90% das mortes por doenças são causadas por doenças degenerativas. Com o avanço da medicina regenerativa e as terapias celulares, a tendência é que os humanos se tornem, num futuro breve, seres amortais (diferente de imortais), ou seja, morreremos por traumas, causas externas e acidentes, não mais por doenças, complicações orgânicas ou funcionais. A medicina regenerativa é a medicina do amanhã”, destaca o presidente da ANADEM, Raul Canal.
Para contribuir com a difusão do
conhecimento a respeito do tema, a ANADEM e R-Crio lançaram o manual “As células-tronco
e a terapia celular como pilares fundamentais da medicina regenerativa”. O
material está disponível para profissionais da área da saúde e a todos que
lidam com o assunto, como estudantes, pesquisadores, equipe laboratorial,
professores, consultores científicos, jornalistas e agentes regulatórios: Aqui
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