Estima-se que quatro milhões de pessoas no mundo viva com a
enfermidade e, com aumento da expectativa de vida, o número pode dobrar até
2040Divulgação
Segundo
dados retirados da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a doença
de Parkinson é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do
sistema nervoso central mais frequente no mundo, atrás apenas do Alzheimer.
Estima-se que há aproximadamente quatro milhões de pessoas no mundo vivendo com
a enfermidade, o que representa 1% da população mundial a partir dos 65 anos,
de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o aumento na
expectativa de vida, este número pode dobrar até 2040. Para as famílias que já
convivem com entes nesta condição, a coordenadora técnica da Home Angels, rede
de cuidadores de pessoas supervisionadas, Janaína Rosa, preparou algumas dicas
para facilitar as tarefas diárias, levando em consideração as manifestações e
nível da doença:
- Antes de iniciar uma atividade, peça que o idoso
planeje mentalmente as atividades que serão realizadas. Desta maneira, ele
terá maior segurança no movimento que irá fazer. Vale ressaltar que esta
organização não será tão eficaz se o ambiente sofrer com mudanças
contínuas, por isso, deve-se evitar a troca de móveis, por exemplo.
- Quando a atividade apresentar certo risco ou
esforço para o idoso, evite conversar com ele, pois, assim, a atenção não
é dividida e o foco fica apenas no que está sendo feito. Lembre-se, no
Parkinson, os movimentos deixam de ser automáticos e passam a ser pensados
antes de serem realizados. Este entendimento ajuda a compreender
porque as atividades são realizadas uma a uma e não duas ao mesmo
tempo.
- Durante as refeições, evite deixar a televisão
ligada, para que a concentração esteja apenas na atividade do momento. O
idoso precisa estar em uma posição confortável e o ambiente deve contar
com uma boa iluminação. Os utensílios usados para a refeição podem ser
adaptados.
- Tenha sempre por perto uma cadeira, pois em
casos de fadiga extrema, o idoso tem onde descansar. A cadeira, em um
determinado estágio da doença, se torna um item importante para o idoso
que já apresenta instabilidade postural.
- Priorize roupas confortáveis, evitando botões
ou zíper; caso tenha, deixe o idoso sentado para abri-los e fechá-los.
Pode ser que sejam necessários comandos verbais para ajudar na construção
do movimento que será realizado, portanto, observe o idoso para ver se
este já é o caso.
- A fadiga é uma característica muito comum e é
até mesmo esperada na doença, que causa muito impacto na condição geral do
enfermo. Existem técnicas para o gerenciamento desse estágio e os
profissionais de saúde envolvidos nos cuidados podem te ajudar. Além das
técnicas, uma boa noite de sono e um cochilo, 40 minutos no máximo, no
meio da tarde, pode ajudar bastante.
Home Angels
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