A Criança Mais Agitada, Muitas Vezes Se Confunde Com A Criança Que Tem TDAH - Transtorno De Déficit De Atenção E Hiperatividade
“Nem toda a criança que tem um comportamento
agitado, tem déficit de atenção ou é hiperativo” –explica o Dr. Marcone
Oliveira, Médico Neuropediatra e orientador de pais, com mais de 1 milhão de
seguidores em suas redes sociais."
No geral, são os professores, os primeiros a observarem a diferença no comportamento da criança e pedirem o encaminhamento para avaliação médica.
A criança mais agitada, muitas vezes se confunde com a criança que tem TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e é muito importante, tanto para pais como para profissionais que trabalham com essas crianças saberem qual a forma correta de se fazer o diagnóstico. – diz o Dr. Marcone Oliveira
É importante lembrar que a criança com TDAH
pode, muitas vezes, não ser agitada, mas sim ter uma desatenção tão grande que
a prejudica no dia-a-dia. - Ressalta o especialista.
Para saber se a criança tem TDAH e qual o TDAH é
predominante nessa criança, é necessário usar os chamados critérios
diagnósticos que se encontram no Manual de Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais 5ª edição (DSM5).
Estes critérios (sinais e sintomas) são divididos
em dois grupos para identificar a criança com TDAH
Veja os critérios abaixo:
– Déficit de atenção –
- Desatenção
a detalhes e erros;
- Dificuldade
em sustentar atenção; parece não ouvir;
- Dificuldade
com instruções, regras e prazos;
- Desorganização;
- Evita/reluta
tarefas de esforço mental;
- Perde,
esquece objetos;
- Alta
distração;
- Não
automatiza tarefas do cotidiano.
– Hiperatividade e impulsividade –
- Movimento
excessivo do corpo durante postura;
- Dificuldade
em permanecer sentado;
- Sobe,
escala, exposição em perigos;
- Acelerado
para as atividades;
- Faz
tudo “a mil”;
- Fala
demais e se intromete;
- Responde
antes de concluir perguntas;
- Dificuldade
em esperar;
- Interrompe
inoportunamente.
Qual o exame (laboratorial ou de imagem) faço para
saber o diagnóstico?
É importante lembrar que o diagnóstico é
essencialmente clínico, não existem exames laboratoriais ou de imagem que
possam ser feitos para definir o quadro, ou seja, não existe um marcador
biológico detectável.
O diagnóstico dessas crianças deve ser feito
através de uma avaliação interdisciplinar que envolvem profissionais da
psicologia, da fonoaudiologia, psicopedagogia e professores, sempre que
possível. Além deste diagnóstico, é de bom tom usarmos escalas para definição
de sintomas. E não podemos esquecer que a família exerce um papel importante e
fundamental na construção deste diagnóstico –finaliza o Dr. Marcone Oliveira.
Dr. Marcone Oliveira é Médico Pediatra, com
especialização em Neurologia Infantil pela Universidade Federal do Paraná -
UFPR. Possui também Graduação em Farmácia pela Universidade Vale do Rio Doce; é
Mestre em Ciências Fonoaudiológicas pela UFMG. Atualmente é Diretor Clínico da
Clínica Proevoluir - Médico Neuropediatra.
Instagram: @doutormarcone
https://www.youtube.com/c/DrMarconeOliveiraNeuropediatra
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