Pacientes com a
doença podem ter acesso a uma nova opção de terapia que mantém a qualidade de
vida e reduz em 34% o risco de morte
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar),
reguladora do mercado de planos privados de saúde, anunciou a abertura da
consulta pública nº 95, no dia 01 de abril, que avaliará a incorporação de
medicamentos no rol da agência para o tratamento do câncer de próstata sensível
à castração metastático (CPSCm), entre eles a enzalutamida. O medicamento em
questão aumenta a sobrevida global, reduz em 34% o risco de morte e mantém a
qualidade de vida do paciente[1], quando comparada às atuais terapias
disponíveis no sistema de saúde suplementar. Esta etapa do processo considera a
opinião pública para a avaliação do fornecimento do medicamento pelos planos de
saúde, sendo uma grande oportunidade para que sociedades médicas, associações
de pacientes e o próprio paciente ou cuidador(a) contribuam para a incorporação
de novos tratamentos. A votação ficará disponível até 20 de abril. Para
participar basta acessar o link https://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/consultas-e-participacoes-publicas/52-participacao-da-sociedade/consultas-publicas/6293-consulta-publica-n-95
O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum
entre os homens[2] e a segunda principal causa de morte por
câncer no sexo masculino[3]. No Brasil, é o câncer mais incidente em
todas as regiões do país³. Nessa perspectiva, a enzalutamida pode ser uma nova
opção segura e eficaz para a jornada de mais de 22 milhões de homens
beneficiários da saúde privada[4], caso necessitem tratar o câncer de
próstata sensível à castração metastático.
A introdução de novos medicamentos que retardem a
progressão da fase sensível à castração (CPSCm) para a fase resistente à
castração (estágio fatal da doença) é um objetivo desejável no tratamento do
câncer de próstata.
De acordo com o estudo ENZAMET[5],
foi comprovado que o medicamento demonstra resultados clínicos significativos,
ao prolongar a sobrevida global (assim como a sobrevida livre de progressão
clínica ou de PSA), ou seja, mesmo que o tratamento não elimine a doença, o
câncer permanece estável e sem progressão. Já o estudo ARCHES[6],
mostrou um aumento de sobrevida global e sobrevida livre de progressão
radiográfica com a enzalutamida associada à terapia de privação androgênica,
constatando uma redução de 34% no risco de morte para os pacientes com CPSCm. O
estudo também evidenciou que enzalutamida aumenta significativamente o tempo
até o desenvolvimento de resistência à castração, mantém a qualidade de vida
dos pacientes e prolonga o tempo para a piora dos sintomas de dor.
“Nesse sentido, nossa missão como empresa é
contribuir para melhoria da saúde das pessoas e, sabemos que um pilar
importante nessa jornada é o acesso às novas terapias. A enzalutamida
representa uma nova perspectiva para os pacientes com câncer de próstata
avançado, e sua incorporação ao rol da ANS é mais um passo para que os
pacientes brasileiros tenham acesso a terapias que tragam eficácia, segurança e
manutenção ou melhora na qualidade de vida comprovadas”, afirma Dr. Roberto
Soler, diretor médico da Astellas Farma Brasil.
Astellas Farma Brasil
[1] Armstrong AJ, et al. J Clin
Oncol. 2019 Nov 10;37(32):2974-2986; Armstrong AJ, et al. ESMO 2021, Abstract
LBA25
[2] Instituto Nacional de Câncer
(INCA). Câncer de Próstata. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata#:~:text=No%20Brasil%2C%20o%20c%C3%A2ncer%20de,o%20segundo%20tipo%20mais%20comum.
Acesso em: 23 de março de 2022.
[3] Instituto Nacional de Câncer
(INCA). Estatísticas de câncer. Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer.
Acesso em: 23 de março de 2022.
[4] Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS). Mulheres são maioria entre beneficiários de planos de saúde.
Disponível em: http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/sobre-a-ans/4356-mulheres-sao-maioria-entre-beneficiarios-de-planos-de-saude.
Acesso em: 23 de março de 2022.
[5]Davis ID et al. N Engl J Med 2019; 381(2): 121–31
[6] vide referência 1
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