Especialista da Vigilantes do Sono
destaca quais razões podem fazer com que um indivíduo sofra com problemas na hora de
dormir
A insônia é um dos quadros mais graves
do sono e que afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Apesar de não ser
o único problema relacionado ao sono, é certamente um dos mais presentes na
vida de quem não consegue dormir.
Para Laura Castro,
psicóloga e sócia-fundadora da Vigilantes
do Sono, primeiro programa
digital de terapia cognitiva-comportamental para insônia (TCC-I) no Brasil,
noites de insônia podem ocorrer eventualmente e ter como causa motivos
distintos. “Ter noites de insônia diante de acontecimentos que nos agitam é
normal. A insônia é uma resposta comum ao estresse e ocorre quando ficamos em
estado de alerta”, diz. A especialista aponta que a perda de sono também está
bastante relacionada a certos hábitos, como exposição excessiva à luz ou
irregularidade nos horários de dormir.
Mesmo com uma série de motivos que
podem fazer com que o indivíduo não consiga dormir, Laura aponta que a insônia
crônica deve ser encarada com mais atenção. "A insônia crônica, por outro
lado, que consideramos clinicamente relevante, persiste por meses e a
frequência com que ocorre também é um critério importante para o diagnóstico
clínico”.
De acordo com a especialista, são
diversos os motivos que podem levar ao quadro mais grave da insônia. De modo
geral, entretanto, ainda que existam outras condições médicas envolvidas e
desafiando o sono, como dores crônicas, estão em nossos hábitos as razões pelas
quais os sintomas de insônia se perpetuam. Abaixo, ela destaca quatro dos
principais fatores que podem causar a perda de sono.
Estresse
O estresse é uma das condições que mais afeta o sono
e pode desencadear diversos problemas de saúde. Segundo Laura, questões como
dificuldades no trabalho ou estudo, brigas ou problemas de relacionamento,
acidentes ou traumas, o recebimento de um diagnóstico que ameaça a vida, a
maternidade e a paternidade são todos acontecimentos comuns da vida que podem
causar estresse que, por consequência, desencadeia problemas no sono.
“Isso acontece porque ficamos em um
estado de alerta, o corpo se prepara para responder com rapidez, liberando
hormônios e substâncias que nos mantém acordados para pensar, repensar,
planejar, ou que nos impede de chegar em certas fases do sono para encontrar
memórias que nos assombram”, ressalta Laura.
Ansiedade
Bem como o estresse, a ansiedade coloca o indivíduo
em uma situação de agitação que possivelmente afetará o sono. Isso acontece,
inclusive, quando há expectativa para que algo bom ocorra, como a véspera de
uma viagem ou a expectativa de promoção no trabalho.
“São coisas que, apesar de serem
positivas, geram uma ansiedade para que o momento esperado chegue logo na
maioria das vezes, mas tantas outras como receio pelo desconhecido. Isso
costuma ser a causa de comportamentos e hábitos que atrapalham a higiene do
sono e podem perpetuar quadros de insônia aguda”, aponta.
Obesidade
Há condições físicas e doenças que predispõem as
pessoas a desenvolverem distúrbios do sono e, neste cenário, a obesidade é uma
delas. A condição aumenta as chances de apneia do sono, que pode,
posteriormente, causar insônia também.
Laura Castro ressalta a importância de
exercícios físicos como forma de ajudar no combate tanto da obesidade como dos
problemas de sono. “A atividade física pode operar milagres. É recomendável
exercícios que fazem a gente suar a camisa e gastar bastante energia, assim
como os que proporcionam relaxamento intenso, como os praticados na água. O
cuidado importante, é não fazer atividade física próxima ao horário de dormir,
principalmente para quem já sofre por insônia”, destaca.
Pandemia
Embora a insônia já fosse algo que atingia milhares
de pessoas mesmo antes da pandemia, o cenário de incerteza que tem acompanhado
a disseminação do vírus é, ainda, um catalisador para o problema. O momento
atual, que impede o convívio social, trouxe instabilidade econômica para muitas
famílias, além do luto para aqueles que perderam entes queridos, é único na
história recente e tem impactado de forma significativa a qualidade do sono das
pessoas.
“Como já é sabido, a era em que vivemos
impede que nos encontremos com amigos, nos deixa mais sedentários, uma vez que
passamos a ficar mais tempo em casa, sem contar com o excesso de exposição às
telas, o que para muitos é uma realidade. Todos esses pontos são prejudiciais
não apenas para o sono, mas também para a qualidade de vida no geral.
Precisamos nos observar em relação aos sintomas para que a insônia ou outros
distúrbios do sono não prejudiquem o nosso dia a dia ou levem à doenças mais
graves”, finaliza a psicóloga.
Sobre a Vigilantes do Sono
Com pouco mais de dois anos de atuação, a Vigilantes do Sono
rompeu as barreiras de acesso ao tratamento padrão ouro para a insônia e
auxilia pacientes e profissionais de saúde na condução da TCC-I (Terapia
Cognitivo-Comportamental para Insônia). É hoje o maior aplicativo de sono do
Brasil e foi eleita a melhor startup de saúde do maior programa de aceleração
da América Latina, a Inovativa. A empresa nasceu do sonho de seus fundadores,
Lucas Baraças, Guilherme Hashioka e Laura Castro de ajudar as pessoas a
dormirem melhor através de uma solução saudável, sustentável e acessível. Mais
informações no site.
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