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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Médica do Grupo Trasmontano Saúde orienta sobre os riscos causados pela sífilis congênita

 A sífilis congênita é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pelo Treponema pallidum. Ela é uma doença transmitida, via placenta, pela mãe, que não teve o tratamento adequado, para a criança durante a gestação. O risco do bebê ser infectado é de cerca de 60 a 80%, e a probabilidade de infecção aumenta na segunda metade do período gestacional. 

A maior parte dos bebês com sífilis congênita não apresenta sintomas ao nascer, porém as manifestações clínicas podem surgir nos primeiros três meses. São elas: erupções vesicobolhosas,nódulos salientes ao redor do nariz e boca e na região da fralda, dificuldade de crescimento e ganho de peso, rachaduras ao redor da boca ou secreção de muco, pus ou sangue pelo nariz e linfonodos, fígado e baço aumentados. 

Segundo Elis Regina Granzotti, gerente dos Centros Médicos do Grupo Trasmontano Saúde, algumas crianças podem apresentar meningite, coroidite, hidrocefalia ou convulsões, além de atraso no desenvolvimento mental. “Já nos primeiros oito meses de vida surge a inflamação dos ossos e cartilagens, especialmente de ossos longos e costelas, dificultando a movimentação dos bebês, o que pode acarretar desenvolvimento incorreto dos ossos”, explica.

 

Sintomas 

A manifestação ocorre após os dois anos de vida da criança, apresentando feridas no nariz e boca e os ossos podem crescer de maneira anormal. Outros sintomas são: problemas oculares, formação de cicatrizes na córnea, problemas com o desenvolvimento de dentes e ossos da face e surdez, que pode ocorrer em qualquer idade.

 

Diagnóstico 

O diagnóstico da sífilis congênita precoce é feito em avaliação clínica. Durante a gestação, o diagnóstico é feito por meio de exames de sangue rotineiros da gestante no início da gravidez, e frequentemente, no terceiro trimestre e no parto. Se o diagnóstico for positivo para a mulher grávida, os médicos fazem um exame físico completo e procuram por feridas ou erupções cutâneas, para terem certeza se o bebê também pode estar infectado. Havendo feridas ou erupções cutâneas, amostras são coletadas e examinadas sob um microscópio à procura das bactérias. A placenta, o cordão umbilical e o sangue do recém-nascido também são testados para sífilis. “Quando falamos de sífilis congênita tardia, são feitos exames físicos e de sangue na mãe e na criança. Os médicos procuram nas crianças os problemas causados pela infecção, como inflamação dos olhos, deformidades dos dentes e surdez”, afirma a especialista.

 

Tratamento 

Todas as pessoas que têm sífilis são tratadas com o antibiótico Penicilina Cristalina ou Procaína. Gestantes infectadas recebem a medicação injetável, na via intramuscular (músculo) ou, raramente, em via intravenosa (veia). O tratamento com penicilina durante a gravidez é eficaz em 99% dos casos, tanto para a mãe, quanto para o bebê. No entanto, se o tratamento for realizado em menos de quatro semanas para o parto, as chances de o feto não ser infectado diminuem.

 

Prevenção 

A prevenção da sífilis congênita é realizada com um pré-natal adequado. É fundamental que mulheres grávidas sejam testadas para a sífilis durante o primeiro e terceiro trimestre de gestação. Porém, precisamos destacar que o melhor a ser feito para evitar a contaminação da mulher é o uso de preservativo durante as relações sexuais.

 

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