Apesar de
parecer simples, o procedimento tem contraindicações. Médica indica passar por
uma avaliação da saúde das unhas, a fim de evitar a piora de doenças, infecções
e até reações alérgicas
Unhas bonitas e bem-feitas são um dos principais pontos da vaidade feminina. Além disso, nos últimos anos, unhas maiores - e com formatos diferentes dos tradicionais - passaram a ser um desejo das mulheres. Disso, surgiu o alongamento das unhas feitos com acrigel, uma mistura de gel com pó acrílico que cobre as unhas. Porém, apesar de parecer simples, o procedimento pode camuflar doenças ou até deficiência de nutrientes. O procedimento é contraindicado para peles sensíveis, pessoas com alergias, psoríase, infecções, micoses ou diabetes, gestantes, pacientes oncológicos e menores de 16 anos.
“É importante procurar um dermatologista antes de fazer o procedimento para avaliar os motivos da unha frágil, se tem alguma doença ou infecção associada para que seja tratada antes de aplicar qualquer produto nas unhas. Pacientes com alergias, psoríase e infecções por fungos ou bactérias, podem ter piora do quadro ou até mesmo originar uma infecção mais grave que comprometa a matriz da unha, com o risco de perder definitivamente essa unha”, alerta a médica dermatologista Julyanna do Valle.
No caso de unhas frágeis que não possuem nenhuma alteração aparente ou doença, a médica orienta que devem ser feitos exames laboratoriais para identificar possíveis deficiências de vitaminas, nutrientes ou até mesmo distúrbios hormonais ou da tireoide, alguns fatores que podem causar a fragilidade da unha. “Se os exames estiverem normais, é preciso buscar um profissional com formação adequada para fazer o procedimento e é direito do paciente saber qual o tipo de material que será utilizado para descartar o risco de reações alérgicas e consultar se esses produtos são liberados pela Anvisa”, diz Julyanna.
Mas se engana quem pensa que os cuidados terminam com a aplicação das unhas. Segundo a médica dermatologista, é fundamental respeitar as orientações e prazos para a manutenção adequada e retirada, sem tentar fazer em casa. “A unha pode ser danificada quando elas quebram ou lascam e isso pode ser uma porta de entrada para fungos e bactérias ou aumentar riscos de infecção. Por isso, é preciso fazer a manutenção no tempo certo e em locais apropriados. Quem tem esse tipo de unhas, quando for mexer com água, sabão ou produtos químicos, deve se proteger usando luvas para evitar contato direto que pode danificar ou irritar as unhas”, explica.
Outra orientação
fundamental, segundo Julyanna do Valle, é proteger as mãos com filtro solar
antes da exposição às cabines que utilizam radiação ultravioleta para ajudar na
secagem do produto. “Isso pode contribuir com o envelhecimento das mãos. Outra
coisa muito importante é que indico ficar um período sem esses materiais nas
unhas e utilizar apenas em casos específicos de eventos especiais ou viagens
mais longas. No intervalo
do uso, oriento manter as unhas limpas, sem esmaltação e hidratadas,
junto com as mãos e cutículas, com hidratantes específicos para evitar
alterações, infecções e alergias”, finaliza a dermatologista.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia criou um guia de cuidados
que pode ser baixado
aqui
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