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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Justiça nega o reconhecimento de pós-graduação como habilitação profissional

Fundadora da ESEC, Daniela López, comenta decisão dentro da estética e da cosmetologia

 

No Brasil, para realizar uma pós-graduação, não necessariamente deve-se haver conhecimento prévio na área escolhida. Por isso,  muitos profissionais podem acabar se envolvendo em setores para os quais não estão habilitados adequadamente, o que traz riscos aos profissionais e aos consumidores. “Isso não deveria acontecer. As próprias diretrizes do Ministério da Educação não aceitam isso”, opina a fundadora da Escola Superior de Estética e Cosmetologia (ESEC), Daniela López.

 

De acordo com ela, o setor de estética e cosmetologia é um dos mais afetados, pois profissionais de outros ramos da saúde acabam invadindo as áreas de atuação dos esteticistas, prejudicando o mercado e o trabalho destes profissionais. “Profissões devem ser seguidas com bases em cursos técnicos ou com cursos de graduação. Eu tenho uma graduação em estética e cosmetologia, se eu fizer uma pós em Direito Penal, eu devo poder exercer? Não”, exemplifica a cosmetóloga.

 

Daniela afirma ainda, que realizar procedimentos estéticos é uma questão de saúde pública e deve ser tratada com rigor. “A Sociedade Brasileira de Estética e Cosmetologia faz um papel de conselho profissional. O cidadão que busca o serviço para tratar disfunções estéticas não tem a quem recorrer para que possa haver a verificação da capacidade dos profissionais, daí a importância do cosnselho”, pontua.

 

A Escola Superior de Estética e Cosmetologia (ESEC) foi fundada por Daniela López para mitigar o déficit educacional existente no Brasil no setor. “Abri uma faculdade com um desejo de justiça e uma vontade exacerbada em mudar vidas e transformar a carreira profissional de um esteticista”, explica. Por isso, a decisão da justiça de não reconhecer a pós-graduação como habilitação profissional representa um importante passo na defesa dos direitos dos esteticistas e cosmetólogos do Brasil. “É uma zona com os cursos de pós-graduação em Estética e Cosmetologia. As pessoas fazem esses cursos, abrem uma clínica e aplicam produtos nas pessoas. Isso é muito sério e tem que acabar”, opina.

 

 

Daniela López - graduada em Estética e Cosmetologia pela Universidade Braz Cubas, técnica em Estética Facial e Corporal pelo SENAC e pós-graduada em Intradérmicos e Subcutâneos pela FAISP. É especialista em estética e cosmetologia avançada pela UNIFESP. A cosmetóloga atua na causa de regulamentação da atuação de profissionais estéticos e cosmetólogos. É, também, autora do livro a História da Legislação da Estética e Cosmetologia no Brasil e pesquisadora no campo clínico, com práticas e testes desenvolvidos clinicamente in-vivo em pacientes para disfunções estéticas facial com ênfase em rejuvenescimento e retração tecidual. Além disso, é fundadora da Escola Superior de Estética e Cosmetologia (ESEC), a primeira escola superior de estética e cosmetologia no Brasil. 


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