Sociedade Brasileira de
Dermatologia - Secção RS está engajada na campanha nacional de orientação a
população sobre medidas preventivas, o Dezembro LaranjaFreepik
Quando falamos em prevenção, que reduziria a quantidade de
brasileiros doentes, onde será que estamos errando? O câncer da pele é uma
doença multifatorial, que tem no sol um dos principais vilões. Tão importante e
necessário, fonte de saúde e bem-estar, o sol é uma radiação que altera o
funcionamento da nossa pele, principalmente quando acumulado durante toda nossa
vida.
O alerta dos dermatologistas é de que a quantidade de sol
adquirida na infância e juventude será um dos determinantes de maior risco da
doença nas idades mais avançadas.
“Uma das bases do Dezembro Laranja é oferecer orientação sobre a
necessidade de iniciar os cuidados desde o início das primeiras exposições ao
sol. Isso envolve evitar os horários de sol mais forte, uso adequado do
protetor solar, buscar a sombra sempre que possível, utilizar a proteção física
(oferecida pelos tecidos, chapéus, bonés e guarda-sóis, por exemplo), entre
outra medidas importantes. São fáceis de serem seguidas e repercutem
diretamente na saúde da nossa pele a longo prazo”, explica o dermatologista
membro da SBD-RS e coordenador da Campanha Dezembro Laranja no RS, Fabiano
Siviero Pacheco.
Tradicionalmente, os dermatologistas da SBD, auxiliados por um
amplo grupo de voluntários, escolhem um dia deste mês e oferecem atendimento
gratuito em dezenas de locais, buscando diagnosticar e tratar esta doença.
Infelizmente, com a chegada da Pandemia da COVID-19, neste ano, repetindo 2020,
o atendimento presencial foi cancelado.
“Foi definido que, mesmo sendo suspensa a avaliação dos
pacientes, a orientação e prevenção deveriam continuar, pois são a base para
que tenhamos, no futuro, uma população protegida e possamos reduzir os índices
deste que é considerado o mais comum dos tipos de câncer no nosso país”,
explica.
O câncer da pele é considerado o mais prevalente na população
brasileira, tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Dados oficiais
estimam que no ano de 2020 foram diagnosticados 190 mil pacientes com tal
doença, com aproximadamente 4.500 mortes neste mesmo período. Os mais
frequentes são os carcinomas de pele, menos agressivos. Por outro lado, o
melanoma, com menos casos, pode ser grave, sendo responsável pela maior parte
das mortes pela doença.
Marcelo Matusiak
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