No mês Nacional de Segurança Aquática, especialista auxilia pais e cuidadores para evitar acidentes aquáticos com crianças e adolescentes
O afogamento é a segunda
causa de mortes acidentais entre crianças e adolescentes com até 14 anos de
idade. Entre a faixa etária de 1 a 4 anos é ainda mais fatal, ocupando a
primeira colocação, segundo análise dos dados mais recentes do Datasus/ONG
Criança Segura.
As internações por esse
tipo de acidente também preocupam. Durante a pandemia, em 2020, período que
muitas famílias ficaram isoladas dentro de casa, as hospitalizações por
afogamento aumentaram 7%. Isso demonstra que o risco também existe no ambiente
doméstico.
“O afogamento não está
ligado apenas aos ambientes como piscina, lagos ou mar. Um recipiente com água
rasa, a partir de 2,5 cm de profundidade, comum em todas as casas é o
suficiente para a ocorrência”, explica Erika Tonelli, coordenadora geral do
Instituto Bem Cuidar, área meio da Aldeias Infantis SOS no Brasil.
A fim de alertar os
adultos, a especialista separou dicas para prevenir os afogamentos e permitir
que as crianças aproveitem seus dias com segurança:
1. Nunca
deixe as crianças sozinhas dentro ou próximas da água, por menor que seja o
tempo. Erika reforça que poucos segundos podem ser fatais. Um adulto deve
supervisioná-las de forma ativa o tempo todo.
2. Ensine
às crianças que nadar sozinho, sem ninguém por perto, é perigoso, por mais que
elas já saibam dar braçadas. Outro ponto de alerta é a brincadeira no entorno
da piscina. Nunca permitam corridas, para evitar escorregões. Empurrões, pular
em outras pessoas ou simulações de afogamento devem ser práticas proibidas na
hora de brincar nas piscinas, lagos, rios ou no mar.
3. O
colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e
outros equipamentos infláveis podem estourar ou provocar instabilidade,
tombando a qualquer momento e provocando uma maior vulnerabilidade ao
afogamento.
4. Piscinas
devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m de altura e portões com cadeados
ou travas de segurança. Atenção: alarmes e capas de piscina garantem mais
proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Certifique-se, especialmente,
quando estiver em uma viagem, em casas de veraneio locadas ou mesmo em
pousadas.
5. Evite
deixar brinquedos ou outros atrativos próximos a piscina ou a um reservatório
de água, como na lavanderia da residência, por exemplo.
6. Após
utilizar baldes, bacias, banheiras ou piscinas infantis, mantenha-os vazios,
virados para baixo e fora do alcance das crianças. Eles podem querer enchê-los
para brincar.
7. Deixe
as portas do banheiro e da lavanderia fechadas ou trancadas por fora e mantenha
a tampa do vaso sanitário para baixo lacrada com um dispositivo de segurança.
Há muitos episódios de afogamento nesse ambiente da casa.
Para saber mais sobre prevenção de acidentes de crianças e adolescentes, participe do curso online e gratuito “Prevenção de Acidentes no Dia a Dia”, liderado pelo Instituto Bem Cuidar, acessando o link: https://institutobemcuidar.org.br/curso-de-prevencao-de-acidentes-no-dia-a-dia/
Aldeias
Infantis SOS (SOS Children’s Villages)
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