Daniel Toledo,
especialista em Direito Internacional, fala sobre o credit score americano e
como isso impacta na política de juros
O sistema de concessão de crédito nos Estados
Unidos segue um modelo semelhante ao adotado pela Serasa Experian no Brasil.
Lá, cada cidadão possui uma pontuação chamada de credit score,
definida pela análise de quão saudável é a vida financeira de cada indivíduo,
como manter as contas em dia e não gerar problemas para credores. A partir da
análise desses pontos serão definidas as taxas de juros que devem ser pagas
durante cada subvenção financeira.
Daniel Toledo, advogado especialista em Direito
Internacional, fundador do escritório Toledo e Associados e sócio do LeeToledo
PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados
Unidos, dá detalhes do sistema de crédito americano. “Se você acabou de tirar
seu Green Card e chegar aos EUA, sua pontuação vai estar entre
630 e 650. Pode até parecer um bom número, mas esse sistema também leva em
conta o histórico de crédito. Ou seja, o tempo em que você está com aquela
pontuação. Com esse credit history zerado, as taxas podem
chegar a 20% ao ano”, exemplifica.
O fundador da Toledo e Associados explica como
esses juros são aplicados em cada nível de pontuação. “Em um carro 0km, a taxa
de juros para uma pessoa que tem o credit score excelente pode variar de
1,6 a 4% ao ano. Já em um carro usado, quem tem um número de pontos considerado
bom irá pagar entre 3 e 6% de juros ao ano”, pontua Toledo.
Para deixar claro, o advogado pondera que é uma
tarefa muito difícil chegar a uma pontuação excelente. “Um credit
score excelente pode variar entre 760 e 850 pontos, e eu conheço
apenas três pessoas com essa pontuação. É muito difícil você chegar em 850,
mesmo que você pague tudo em dia por muito tempo, porque tem uma série de
fatores que impactam esse número”, pontua.
Indo mais a fundo, o advogado realizou algumas
simulações de financiamento de um carro usado em uma concessionária americana.
“Com o score excelente e parcelando o carro em 36 vezes após uma
entrada de U$ 30.000,00, obtivemos uma taxa de juros de 2,99% ao ano. Enquanto
um score
tido como ‘bom’, praticamente dobra a taxa, subindo para 8% ao ano. E isso
acontece novamente com a pontuação considerada ‘fair/justa’, que eleva a taxa
de juros para 18% ao ano. Isso dá, em média, U$ 300 a mais por mês, somando
quase 10 mil dólares ao final do pagamento”, ressalta Toledo.
O especialista em Direito Internacional finaliza
alertando sobre a falta de um histórico de créditos ao começar uma vida do zero
nos EUA. “Possivelmente, quando você chegar aos Estados Unidos e não tiver um credit
history, o seu nível de pontuação vai ser ‘fair’. Ou seja, quando
as pessoas chegam aqui, elas vão pagar caro mesmo que não tenham nada que as
desabone no credit score. É importante as pessoas entenderem isso”,
conclui o fundador da Toledo e Associados.
Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados
Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios
internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações,
acesse: http://www.toledoeassociados.com.br.
Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados
com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.
Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São
Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.
Toledo e Advogados Associados
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