Animais têm emoções complexas e, assim como humanos, podem
sofrer de depressãoistock
O tema da saúde mental, antes estigmatizado, hoje vem sendo muito discutido. A alta incidência de transtornos mentais nas últimas décadas obrigou a sociedade a encarar a questão. A depressão, por exemplo, já afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
À medida que a ciência avança, descobrimos que não somos os únicos afetados pelos distúrbios psiquiátricos. O fato de que animais têm emoções complexas (algo que já era óbvio para os tutores de pets) é cada vez mais reconhecido por cientistas. Como nós, os animais de estimação sentem estresse, ansiedade e, em alguns casos, podem até desenvolver depressão.
A pandemia de Covid-19 jogou ainda mais luz sobre o problema, já que a saúde mental é fortemente influenciada por fatores ambientais. A mudança de rotina e a necessidade de isolamento social trazidas pela pandemia alteraram o comportamento de tutores e pets. Gatos, que gostam de momentos de solidão, passaram a conviver continuamente com seus donos, e cachorros, que precisam de atividade física, acabaram sofrendo com as restrições de mobilidade.
Agora,
quando as medidas de isolamento começam a ser flexibilizadas, surge um novo
problema: a volta dos tutores às atividades fora de casa altera mais uma vez a
rotina da família e dos pets. O momento exige muita atenção com a saúde mental
dos bichinhos.
Como
saber se o seu pet está deprimido?
Assim como atinge pessoas de todas as idades e classes sociais, a depressão afeta gatos e cães de todas as raças, criados em diferentes ambientes. Tanto cães de pequeno porte e mais independentes (como Lhasa Apso, Shih Tzu, Basset Hound e Schnauzer), quanto cães de grande porte e com necessidade de socialização intensa (como Rottweiler, por exemplo), podem apresentar problemas de saúde mental. É preciso ficar atento a alguns sintomas.
·
Apatia: sobretudo, perda de interesse
por atividades que antes agradavam o animal.
·
Mudança de hábitos alimentares:
principalmente, perda de apetite.
·
Alterações no sono.
·
Lambidas e mordidas na pata em excesso.
·
Regressão no comportamento.
·
Isolamento.
Como
ajudar seu pet a se curar da depressão?
Antes
de mais nada, se o seu pet apresentar sintomas de depressão, é preciso buscar
ajuda de um especialista. Só o veterinário pode confirmar a necessidade de
remédios e as melhores formas de tratamento. Porém algumas mudanças de hábito
podem ajudar muito o seu animal de estimação.
1.
Mais atenção: uma das principais causas da
depressão em pets é a ausência do tutor. Vale dedicar mais tempo para novas
brincadeiras e truques.
2.
Mais atividades: assim como o sedentarismo afeta nossa
saúde, a falta de atividade física prejudica os animais de estimação.
Enriquecer o ambiente com brinquedos e petiscos que incentivem o pet a se mexer
mais e levar os cães para passear são medidas importantes.
3.
Socialização: cachorros costumam ser sociáveis, e a
interação com pessoas e outros animais pode ajudá-los a manter o bem-estar.
4.
Rotina regular:
manter os bons hábitos com regularidade e em horários definidos é fundamental
para a recuperação de seu pet. A estabilidade da rotina trará grandes
benefícios para o seu animalzinho.
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