Previsto para acontecer nos dias 21 e 28 de novembro, prova de linguagens e redação avaliam criticidade do estudante; relembrar a estrutura do texto dissertativo-argumentativo e questões com aplicação na sociedade também contribuem para uma redação nota 1000
Na semana que antecede a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio, Katia Isidoro de Oliveira, professora de produção textual do Colégio Franciscano Pio XII, instituição de educação localizada no bairro do Morumbi, em São Paulo, e doutora em Letras pela UNESP, fala sobre as especificidades que o aluno precisa rever na reta final para o exame. “A redação no Enem é um grande jogo de xadrez e o estudante precisa de estratégias para o xeque-mate. Sobre a prova de Linguagens, deve-se levar em conta que ela trabalha com os eixos estruturantes estabelecidos na BNCC, mas eles também fazem parte do cotidiano do aluno, como as questões que estão relacionadas aos esportes, músicas e à cultura popular brasileira”, afirma a professora Kátia do Pio XII.
“A prova do Enem estabelece uma relação mais
próxima com a capacidade interpretativa do estudante do que nas aplicações
conteudísticas. O candidato deve pensar e observar a sociedade em que está
inserido de forma crítica”. Além disso, Kátia avalia a importância de o estudante
revisar as especificidades da redação em questão. “Cabe também recordar que os
alunos treinaram o ano todo e que estão prontos para qualquer tema que poderá
surgir. Descansar e dormir bem são fundamentais para um bom desempenho nos dias
das provas.”
Três dicas para a redação do exame
A primeira dica da professora do Colégio Franciscano Pio XII é a de que o aluno precisa ter um repertório sociocultural, representado por algum dado da filosofia, história, literatura, legislação, notícias, atualidades ou estatística, para que ele possa, com esse repertório externo, estabelecer uma análise legitimada, produtiva e pertinente com o eixo temático apresentado na proposta de redação. “O repertório sociocultural está dentro de uma competência que vale 200 pontos. É fundamental que a informação seja verdadeira, porque será verificada pelos corretores do Enem se for necessário”, analisa Kátia.
Outra dica pertinente neste momento é o uso adequado dos conectivos na dissertação modelo Enem. “Os conectivos sustentam e organizam as ideias e frases para a construção de uma argumentação significativa e fazem parte da competência 4 que também vale 200 pontos”.
Na terceira dica, a professora destaca a
importância da proposta de intervenção: a solução para o problema. “O aluno
precisa estar atento e lembrar que o corretor está treinado para buscar essa
proposta de intervenção no parágrafo conclusivo. Um dos objetivos do Enem,
desde o seu início, em 1998, é verificar se o vestibulando consegue observar de
forma crítica a sociedade que ele faz parte e apontar soluções para os
problemas existentes”. Kátia também diz que o estudante deve revisar o texto
antes de escrever a versão final e se a proposta contempla os cinco elementos
pertencentes à proposta de intervenção: o agente, a ação, o modo/meio de tornar
essa ação viável, qual a finalidade dela na sociedade e o detalhamento de um
desses elementos válidos citados anteriormente.
Colégio Franciscano Pio XII
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