Imunizante está em
falta em muitos pontos e Federação pode
solicitar prorrogação da vacinação
A segunda etapa da campanha de imunização contra a febre aftosa no Estado de São
Paulo começou em 1º de novembro e vai até o final do mês. A FAESP tem recebido
informações de sindicatos rurais de que muitos produtores não estão conseguindo
adquirir vacinas em razão da falta do produto nos postos de revenda. A
vacinação é obrigatória para bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade.
Depois de vacinar o animal, o pecuarista tem de lançar a informação no GEDAVE
por meio do seu cadastro. A declaração no sistema deve ser realizada até o dia
7 de dezembro.
A Federação está levantando dados para identificar se são problemas localizados
a regiões específicas ou se está ocorrendo em todo o Estado de São Paulo. O
produtor que encontrar dificuldade em adquirir vacinas pode entrar em contato
com a FAESP para informar o problema e a localidade da propriedade.
A produção do imunizante é solicitada pelo Ministério de Agricultura à entidade
que representa os fabricantes. Essa solicitação já contempla o volume
necessário para condução das duas campanhas ao longo do ano. Por isso, em tese,
não deveria ocorrer a falta de vacinas. Contudo, em campanhas anteriores,
problemas de logística e distribuição acabaram prejudicando o acesso dos
produtores rurais à vacina.
A FAESP vai atuar de maneira proativa em favor dos pecuaristas para buscar
soluções e, se necessário, vai oficiar a Secretaria da Agricultura e
Abastecimento que verifique a ocorrência da falta do imunizante no Estado. Caso
seja identificada dificuldade em cumprir a campanha no tempo estipulado, a
Federação pode solicitar dilação de prazo junto ao MAPA (Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Isso já foi feito em outras ocasiões,
como na primeira fase da campanha deste ano - o prazo se encerraria em 31 de
maio, mas foi prorrogado para 30 de junho.
"O produtor não pode ser penalizado por não conseguir adquirir a vacina. O
último foco de febre aftosa no Estado ocorreu há 26 anos e o sucesso da
erradicação da febre aftosa se deve, em grande parte, ao pecuarista, que
realizou com eficiência a imunização dos animais durante as campanhas movidas
pelos órgãos sanitários", declara o presidente da FAESP, Fabio Meirelles.
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