Tecnologia de embarque por meio de biometria, já
testada com passageiros, é ampliada para pilotos e comissários, trazendo mais
agilidade às viagens aéreas
A tecnologia MFace da IDEMIA acelera o processo de
embarque, pois captura a biometria facial em fração de segundos
O programa Embarque + Seguro 100% Digital do Governo Federal,
com uso de reconhecimento facial biométrico, iniciou, nesta semana, testes com
pilotos e comissários de bordo no Aeroporto de Congonhas (SP). A tecnologia
dispensa a apresentação dos documentos de identificação dos tripulantes no
momento de acesso à sala de embarque e aeronaves. O objetivo é tornar mais
eficiente, ágil e seguro o processo de embarque nos aeroportos.
Como parte do programa de transformação digital do país, o
Embarque +Seguro foi idealizado pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), em
parceria com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo
Digital do Ministério da Economia. A solução tecnológica foi desenvolvida pelo
Serpro, empresa de tecnologia do Governo Federal, e conta com a contribuição
ainda da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac), Infraero, companhias aéreas, operadoras de aeroportos e
empresas de tecnologia da informação.
Inicialmente, estão sendo realizados testes com tripulantes das
empresas aéreas Azul e Latam com base em Congonhas. A fase de testes
terá duração de 15 dias, podendo ser ampliada, e será estendida para o
Aeroporto Santos Dumont (RJ). A tecnologia das estações de identificação facial
foi desenvolvida pelas empresas IDEMIA e Digicon.
O projeto para tripulantes foi viabilizado graças à
implementação da CHT Digital (documento de identificação de tripulantes), ação
desenvolvida pela ANAC. As informações da CHT serão consultadas na base de
dados do Governo Federal, por meio de sistema desenvolvido pelo Serpro para o
programa Embarque +Seguro.
EVOLUÇÃO – “Realizamos, entre outubro de
2020 e setembro de 2021, os testes do embarque por meio do reconhecimento
facial biométrico de passageiros. Damos início agora a uma nova etapa, com os
tripulantes, na qual combinamos ao mesmo tempo duas tecnologias disruptivas: a
carteira digital do tripulante, que é realidade em todo o país, e o
reconhecimento biométrico do Embarque + Seguro”, explica o secretário Nacional
de Aviação Civil, Ronei Glanzmann.
“É algo realmente inovador, que dispensará totalmente o manuseio
de documentos físicos para que pilotos e comissários acessem salas de embarque
e aeronaves. Estamos empolgados com essa evolução”, disse. Segundo o
secretário, as tratativas entre SAC/MInfra, aeroportos e companhias aéreas
estão em fase adiantada para a implantação definitiva do embarque biométrico
nos aeroportos do país já em 2022.
Para o diretor-presidente da ANAC, Juliano Noman, o avanço da
implantação do reconhecimento facial nos aeroportos mais movimentados do país é
fundamental para o crescimento da aviação civil e tem potencial de colocar o
setor aéreo brasileiro entre os mais avançados em tecnologia.
"Essa ação visa facilitar e simplificar a vida de cada
usuário do transporte aéreo, sejam eles passageiros ou tripulantes. Contribui
também para aumentar o nível de segurança nos aeroportos e a confiabilidade na
identificação, ao permitir a interação com o reconhecimento facial do CHT
Digital de tripulantes, que é uma entrega do Voo Simples, nosso programa
voltado para modernização e desburocratização da aviação brasileira",
reforçou.
VANGUARDA – De acordo com o presidente do
Serpro, Gileno Barreto, a tecnologia do Embarque + Seguro é inovadora e coloca
o Brasil na vanguarda neste movimento do Governo Federal de impulsionar a transformação
digital no Brasil. “O Embarque + Seguro combina a validação biométrica e
análise de dados, garantindo uma conferência precisa, ágil e segura da
identidade, agora também, de tripulantes. A tecnologia garante o acesso às
áreas restritas dos aeroportos com mais conforto e tranquilidade e traz mais
agilidade às viagens aéreas”, enfatiza.
Gileno ressalta, ainda, o compromisso com a privacidade dos dados
do cidadão. “A solução atende à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e tem por
premissa a segurança no tratamento dos dados pessoais contra
uso indevido ou não autorizado”, salienta.
O MFACE, tecnologia desenvolvida pela IDEMIA e parte integral do
sistema Embarque + Seguro, captura a biometria facial em fração de segundos,
proporcionando ainda mais agilidade ao processo de embarque, agora dos
tripulantes, evitando filas e atrasos.
“A solução alia a comodidade e a segurança da validação de
dados, respeitando a privacidade dos dados de acordo com a LGPD, garante um
processo mais higiênico ao dispensar o manuseio de documentos e papéis,
evitando riscos de contaminação”, explica Rodrigo Costa, diretor de
desenvolvimento de negócios da IDEMIA LATAM.
O diretor de operações da Infraero, Brigadeiro André Luiz
Fonseca, que esteve em Congonhas junto com o comandante Ondino Dutra,
presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), para o início dos testes
com a tripulação, destaca que o Aeroporto de Congonhas é o primeiro do Brasil a
testar a tecnologia com tripulantes. “O Embarque + Seguro está na vanguarda dos
movimentos que priorizam a segurança e a agilidade nos processos
aeroportuários”, afirma o Brigadeiro.
“A tecnologia da IDEMIA é utilizada nos aeroportos mais modernos
de todo o mundo e oferece alto nível de segurança para os passageiros, companhias
aéreas e operadores dos aeroportos, já que o algoritmo utilizado é de alta
acurácia, atingindo altíssimo índice de autenticidade na identificação de
indivíduos”, completa Marcio Lambert – Diretor Comercial IDEMIA Brasil.
COMO FUNCIONA – No momento do controle de acesso
à Área Restrita de Segurança (ARS), um equipamento de leitura biométrica coleta a leitura facial do tripulante e
valida os parâmetros biométricos junto à base de dados da CHT Digital,
confirmando se o indivíduo é tripulante da aviação civil e a validade do
documento.
Em caso de identificação
biométrica positiva, o tripulante terá o acesso liberado à ARS do aeroporto sem
a necessidade de apresentação de documentos para o acesso, evitando o contato
do tripulante e do agente de controle de acesso fisicamente aos documentos
(procedimento touchless). Em caso negativo, a CHT do tripulante e o
documento de identificação do operador aéreo poderão ser verificados e
validados manualmente por um agente do operador aeroportuário responsável pelo
controle de acesso à ARS. O procedimento de controle de acesso, por meio de
biometria facial, não exime o tripulante de se submeter à inspeção de segurança
aeroportuária.
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