O verão está chegando e, com ele,
sol, calor, praia, piscina e tudo aquilo que os amantes da estação adoram! No
entanto, se você não se cuidar, vai estragar os momentos que poderiam ser
deliciosos.
Pensando nisso, a Dra. Claudia Chang,
pós doutora em endocrinologia e metabologia pela USP e membro da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); citou 3 dicas fundamentais
para você aproveitar este período de forma saudável. Confira:
Cuidado com intoxicação alimentar
A alta temperatura é uma das
principais causas de intoxicação alimentar no verão. Isso porque, segundo o
HCor, o calor pode comprometer a conservação de alimentos e favorecer a
proliferação dos micro-organismos nocivos à saúde, como bactérias (salmonela e
estafilococos) e vírus (rotavírus).
Os maiores vilões são maionese,
frango, carne bovina, ovos e, principalmente, a ostra. Se forem mal preparados
ou indevidamente manuseados, esses produtos ficam suscetíveis a contaminações.
Quando ingeridos, podem causar vômito, diarreia, náuseas, dor abdominal e
cólicas.
O consumo de peixes e frutos do mar,
muito comum no litoral, também exige atenção especial. Com o calor do verão, os
micro-organismos encontram nos pescados um local apropriado para se instalar,
principalmente se não houver boa refrigeração.
“Sendo assim, evite os alimentos
muito perecíveis na praia, já que nem sempre os ambulantes conseguem manter a
higiene e o armazenamento devidos. Além disso, peça indicações sobre os
restaurantes mais conhecidos e tradicionais da região”, orienta Claudia Chang.
Não espere ter sede para tomar água
Durante o verão, há necessidade de
uma maior ingestão de líquido. Com o calor excessivo, a chance de desidratação
é maior. Ocorre baixa concentração não só de água, mas também de sais minerais
e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de impedir que ele realize suas funções
normais.
Com a perda de líquido, o coração
tende a trabalhar mais, a pressão arterial pode cair e até ocorrer perda da
consciência. “É preciso ingerir cerca de dois litros diários de água, de forma
fracionada, ao longo do dia. Normalmente, a sede é um sinal de que o organismo
está desidratando. Uma boa referência é a cor da urina. Se estiver amarronzada,
mais escura, significa que a urina está muita concentrada, o que é sinal de
desidratação. O ideal é que a cor seja mais clara ou transparente”.
Segundo a endocrinologista, é preciso
pegar leve nos refrigerantes, por terem alta concentração de sódio, e nas
bebidas alcóolicas, que aumentam a desidratação. Além da água pura, aposte em
variações que hidratam, como água de coco, água aromatizada (com fatias de
limão ou laranja, por exemplo), sucos de frutas naturais e alimentos com maior
concentração de água, como alface, beterraba, couve, tomate, aipo, rabanete,
carambola, pepino, morango, melancia e melão.
A ideia é se bronzear, não tostar
Para quem não resiste ficar horas a
fio debaixo do sol, cuidado! A exposição solar deve ser antes das 10h e depois
das 16h (ou antes das 11h e depois das 17h), quando os raios UVA/UVB são mais
amenos. O excesso de sol resulta em diversos prejuízos à pele, como
queimaduras, envelhecimento precoce, acne, alergias, manchas, feridas e, claro,
câncer de pele.
Para garantir a proteção da pele, o
filtro solar é item indispensável. O ideal é aplicar uma camada uniforme 30
minutos antes de se expor ao sol, sendo reaplicado a cada duas horas ou após um
mergulho no mar ou na piscina. O fator da proteção solar depende do tipo de
pele. Crianças e adultos com pele clara e sensível devem usar o FPS 50. Para
adultos com pele morena, o ideal é o FPS 30. Já os adultos de pele negra podem
usar o FPS 20.
Vale lembrar que o sol também é a
principal fonte de vitamina D – 80% da formação dessa vitamina provém dos raios
solares, principalmente do tipo B (UVB), que ativam a síntese da substância em
nosso organismo. Conhecida como a “vitamina do sol”, ela tem como principal
função a absorção de fósforo e cálcio, determinante para fortalecer ossos,
dentes e músculos.
Segundo Claudia Chang, a vitamina D
também ajuda a regular a imunidade e previne osteoporose, doenças cardíacas,
autoimunes, diabetes e câncer, principalmente no cólon, mama, próstata e
ovários, pois reduz os efeitos da transformação das células. “Além do sol, a
absorção da vitamina D é obtida em alimentos como bife de fígado, gema de ovo,
atum, sardinha, salmão, leite, entre outros”.
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