As
startups estão “na moda”, e a cada dia nasce uma nova empresa. Porém, nove em
cada dez delas morrem antes de completarem um ano de vida, como aponta a
pesquisa realizada pela PwC Brasil. Já o relatório da Distrito, mostra que as
startups brasileiras captaram, somente em julho deste ano, R$ 484 milhões em
investimentos, valor que é 35% superior ao mesmo período do ano passado e que é
um marco na história do setor. Ambíguo, porém real.
Uma
startup não é feita apenas de inovação, mas deve conter todos os mesmos
princípios de qualquer organização. É clara a importância do viés tecnológico
para respostas estruturadas e tempestivas em tempos de crise, como a pandemia,
e por isso mesmo o GRC (Governança, Riscos e Compliance) tem um papel
extremamente relevante para as startups. Com sangue jovem e uma enorme vontade
de desbravar o mercado, o GRC traz a elas o pé no chão necessário para dar
tração aos negócios e fomentar as boas práticas, começando de dentro para fora.
Ou seja, falamos aqui de sustentabilidade.
Pessoas
e companhias são afetadas por transformações em suas atividades diárias, e
portanto, no segmento de governança, riscos e compliance, não poderia ser
diferente, pois este é um ecossistema que funciona de forma integrada e
colaborativa. Há de se pensar que, neste ponto, não falamos apenas de negócios,
mas do seu ambiente e das pessoas que fazem parte dele e o constroem no dia a
dia.
Essa
diretriz trazida pelo GRC para dentro das startups, define normas e obrigações
e responsabilidades para o indivíduo, especialmente para gestores e
administradores. Cumprindo com estes modelos, são inúmeros os benefícios de um
trabalho mais automatizado e para desenvolver planos de ação que mitiguem
riscos - que não são apenas financeiros. Um dos grandes problemas das startups
hoje é a retenção de talentos. Os impactos de uma má gestão de governança é
justamente a reputação da empresa nas mais diversas áreas: legal, ambiental,
perda de receita, perda de participação de mercado, colaboradores, etc. Afinal,
de que adiantam os investimentos, se o ambiente de negócios incentiva a fuga de
talentos?
Isso
prejudica o crescimento estruturado, ágil e sustentável e impede que a empresa
alcance objetivos estratégicos e organizacionais de forma robusta e com
princípios. Atualmente é fundamental que uma startup já possa nascer sob essas
regras para estar dentro das novas premissas do mercado. É preciso ter um olhar
robusto sobre o GRC e um olhar crítico e profundo sobre o ESG, e assim podermos
transformar e levar a democratização da governança para o ecossistema de
inovação.
Claudinei
Elias - CEO e fundador da Bravo GRC, uma empresa de consultoria em GRC e ESG
que, por meio da tecnologia, integra pessoas e processos com mais de quinze anos de atuação no
mercado de Governança, Riscos e Compliance.
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