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terça-feira, 5 de outubro de 2021

O que falta às startups?


As startups estão “na moda”, e a cada dia nasce uma nova empresa. Porém, nove em cada dez delas morrem antes de completarem um ano de vida, como aponta a pesquisa realizada pela PwC Brasil. Já o relatório da Distrito, mostra que as startups brasileiras captaram, somente em julho deste ano, R$ 484 milhões em investimentos, valor que é 35% superior ao mesmo período do ano passado e que é um marco na história do setor. Ambíguo, porém real.

 

Uma startup não é feita apenas de inovação, mas deve conter todos os mesmos princípios de qualquer organização. É clara a importância do viés tecnológico para respostas estruturadas e tempestivas em tempos de crise, como a pandemia, e por isso mesmo o GRC (Governança, Riscos e Compliance) tem um papel extremamente relevante para as startups. Com sangue jovem e uma enorme vontade de desbravar o mercado, o GRC traz a elas o pé no chão necessário para dar tração aos negócios e fomentar as boas práticas, começando de dentro para fora. Ou seja, falamos aqui de sustentabilidade.

 

Pessoas e companhias são afetadas por transformações em suas atividades diárias, e portanto, no segmento de governança, riscos e compliance, não poderia ser diferente, pois este é um ecossistema que funciona de forma integrada e colaborativa. Há de se pensar que, neste ponto, não falamos apenas de negócios, mas do seu ambiente e das pessoas que fazem parte dele e o constroem no dia a dia.

 

Essa diretriz trazida pelo GRC para dentro das startups, define normas e obrigações e responsabilidades para o indivíduo, especialmente para gestores e administradores. Cumprindo com estes modelos, são inúmeros os benefícios de um trabalho mais automatizado e para desenvolver planos de ação que mitiguem riscos - que não são apenas financeiros. Um dos grandes problemas das startups hoje é a retenção de talentos. Os impactos de uma má gestão de governança é justamente a reputação da empresa nas mais diversas áreas: legal, ambiental, perda de receita, perda de participação de mercado, colaboradores, etc. Afinal, de que adiantam os investimentos, se o ambiente de negócios incentiva a fuga de talentos?

 

Isso prejudica o crescimento estruturado, ágil e sustentável e impede que a empresa alcance objetivos estratégicos e organizacionais de forma robusta e com princípios. Atualmente é fundamental que uma startup já possa nascer sob essas regras para estar dentro das novas premissas do mercado. É preciso ter um olhar robusto sobre o GRC e um olhar crítico e profundo sobre o ESG, e assim podermos transformar e levar a democratização da governança para o ecossistema de inovação.

 


Claudinei Elias - CEO e fundador da Bravo GRC, uma empresa de consultoria em GRC e ESG que, por meio da tecnologia, integra pessoas e processos com mais de quinze anos de atuação no mercado de Governança, Riscos e Compliance.


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