As contratações
individuais encerraram 2020 com alta de 26,2%, segundo dados da Federação
Nacional de Previdência Privada e Vida
A percepção de vulnerabilidade em decorrência da
pandemia tem levado cada vez mais brasileiros a buscarem a cobertura de um
seguro de vida.
Só em 2020, as contratações individuais encerraram
o ano com alta de 26,2%, de acordo com a Federação Nacional de Previdência
Privada e Vida (FenaPrevi). O avanço, entretanto, não parou por aí.
Os dados computados pela FenaPrevi, até o momento,
indicam que a adesão pessoal ao serviço aumentou 24,9% nos dois primeiros meses
de 2021.
Esse crescimento na contratação do seguro de vida
também foi constatado em um levantamento feito pela Superintendência de Seguros
Privados (Susesp).
Segundo os números, houve aumento de 11,4% na busca
pelo serviço em todo o país no primeiro bimestre deste ano, em relação ao mesmo
período do ano anterior.
Cenário do seguro de vida no Brasil
Embora o seguro auto ainda represente a maior fatia
do setor no Brasil, o seguro de vida tem demonstrado potencial para crescer
mais no mercado nacional.
A elevação na contratação do serviço no país está
associada a incertezas do período pandêmico em relação à saúde, à economia e à
segurança da população.
Ainda de acordo com os dados da FenaPrevi, o
público jovem é um dos mais preocupados com os efeitos da crise sanitária. Isso
porque a adesão ao serviço entre pessoas com idade de 18 a 34 anos passou de
7%, antes da pandemia, para 31% em 2021.
No entanto, apesar do aumento no número de
contratações durante a crise do coronavírus, é importante lembrar que a
Covid-19 é um risco excluído dos contratos. Algumas seguradoras, porém, já
incluem a cobertura para os eventos decorrentes da pandemia.
Indenizações na pandemia
O ano de 2020 não registrou crescimento apenas na
adesão aos serviços de seguro de vida. Houve alta também nos prêmios pagos,
assim como no volume das indenizações.
Segundo cálculos da FenaPrev, os sinistros abertos
em 2020 aumentaram 43% em relação ao ano anterior, saltando de R$ 524 milhões
para R$ 749 milhões
Além das coberturas por morte, invalidez permanente
e assistência funerária — que já são tradicionais —, foram acionados outros
benefícios nas apólices, em razão da pandemia. Alguns exemplos são a
assistência médica e as diárias de incapacidade.
Compensa aderir?
Os dados do mercado mostram que, com a pandemia, a
população em geral tem procurado mais por seguro de vida. Isso demonstra
que as pessoas começam a enxergar o serviço como uma necessidade essencial, e
não mais como uma despesa extra.
Isso porque um seguro de vida vai além das
situações relacionadas à morte. Ele oferece benefícios e seguridade que podem
ser usados em vida, como proteção financeira, assistência no tratamento de
doenças graves, reembolso de despesas com hospitais, remédios, médicos e
serviços odontológicos, pagamento de diárias por afastamento do trabalho, entre
outros.
Imagine que, durante a pandemia, um profissional
autônomo responsável pelo sustento do lar contraia Covid-19 e passe alguns dias
internado.
Nesta situação, o seguro de vida pode ser acionado
para indenizar as diárias de incapacidade e em hospitais. Em caso de
falecimento desta pessoa, os dependentes financeiros também não ficam
desamparados.
Outra vantagem desse tipo de seguro é que ele não
se enquadra como herança. Dessa forma, o serviço não entra no inventário do
falecido segurado e é isento de dívidas e penhora, de maneira que os
beneficiários da apólice têm a indenização garantida.
Portanto, é importante a pessoa analisar as
condições, o orçamento pessoal e os benefícios, e avaliar se compensa contratar
o serviço.
Quanto custa?
O interessado em adquirir um seguro de vida,
primeiro precisa entender qual é o seu momento financeiro para buscar o plano
que oferece o melhor custo-benefício a longo prazo.
Muitas vezes, o produto custa bem menos ao ano do
que um seguro automotivo, por exemplo. Mas tudo depende do estilo de vida da
pessoa, do estado de saúde, além da cobertura contratada.
De acordo com uma consulta feita pelo InfoMoney
junto às principais seguradoras do país, existem opções no mercado brasileito
que custam menos de R$ 100,00 por mês. Trata-se de coberturas básicas, com
indenização por morte natural, por morte acidental e por invalidez permanente
por acidente.
Esse panorama de orçamento considera o perfil de um
jovem do sexo masculino, de 30 anos de idade, casado, não fumante e não obeso.
Porém, quanto maior o número de dependentes, maior
é o valor da apólice para garantir o conforto de todos.
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