Julho é o
mês consagrado para a reflexão sobre o meio ambiente e a preservação de nossos
verdes bosques, sendo o dia 17, data de se destacar a proteção das florestas.
Assim, a iniciativa Nutrientes para a Vida pontua ser revelante para o
futuro do próprio planeta um olhar responsável e sustentável.
Segundo as
Nações Unidas, “as florestas são os ecossistemas mais ricos em biodiversidade”.
Elas são o lar de mais de 80% das espécies de animais, plantas e insetos da
Terra. As florestas também fornecem abrigo, empregos e segurança para as
pessoas que delas dependem. As florestas também desempenham um papel crucial na
luta contra as mudanças climáticas. Elas ajudam a equilibrar oxigênio, dióxido
de carbono e umidade do ar e protegem as bacias hidrográficas que fornecem 75%
da água doce do mundo".
Coincidentemente,
o dia 17 de julho é comemorado o Dia do Curupira. Na cultura popular, o
Curupira é um espírito mágico que habita as florestas com a missão de proteger
contra o ataque de pessoas. Por esta razão o Curupira é conhecido como o
“protetor das florestas”.
Esse é o
dia para a população se conscientizar sobre a importância de intensificar a
proteção do meio ambiente, valorizando as numerosas funções que as florestas
desempenham na vida de todos os seres vivos. A importância das florestas estão
acima de ser simplesmente o lar de inúmeras espécies de animais e plantas, mas
representam a qualidade de vida da humanidade.
No entanto,
as florestas continuam sendo ecossistemas favoráveis à vida, abrigando uma infinidade de espécies da
flora e da fauna, o que favorece o armazenamento de carbono necessário aos
ciclos hidrológicos, contribuindo assim para a regulação dos níveis de
temperatura do planeta. As florestas fornecem, também, muitos serviços
essenciais, sejam os ingredientes naturais utilizados na composição dos
medicamentos, a madeira destinada à construção civil, ou ainda água limpa e
solos férteis. Além disso, as florestas aumentam a biodiversidade, a
resiliência climática e tem um efeito benéfico na saúde humana.
Segundo a
ONU, as florestas continuam a ser derrubadas em um ritmo alarmante em todo o
mundo, principalmente devido aos padrões de consumo. Em torno de 80% do
desmatamento está ligado à expansão da agricultura, sendo as terras desmatadas
para pastagem. Entre os indicadores identificados pelas Nações Unidas a redução
da cobertura florestal atinge, atualmente, um terço da superfície do planeta e
concentra grande parte da biodiversidade terrestre.
Neste
momento é importante enaltecer o trabalho do produtor rural brasileiro na
preservação, manutenção e proteção da vegetação nativa em suas propriedades. Em
nosso país está concentrada pouco mais de 60% das florestas do nosso planeta,
sendo que mais de mais de 10% destas florestas estão localizadas nas
propriedades rurais. Os dados publicados pela EMBRAPA (2018) evidenciam que, em
média, cada produtor rural estaria utilizando apenas metade de suas terras. A
outra metade é ocupada com áreas de preservação permanente, reserva legal e
vegetação excedente.
Em projeção
feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mundo
deverá aumentar a produção de alimentos para atender a demanda da população. Na
projeção avaliada até 2026/2027, o Brasil é o país com maior expectativa de
aumento, na ordem de 41%. A pergunta que se faz neste momento é: como aumentar
a produção em um país com solos de baixa fertilidade e com enorme pressão
contra a derruba de florestas? Existem duas formas de aumentar a produção de
alimentos: a primeira é a abertura de novas áreas agrícolas, o que não é o
caminho mais adequado, pois haverá a necessidade de derrubar florestas. O
outro caminho é aumentar a produtividade das culturas nas áreas já exploradas.
Valter Casarin - engenheiro agrônomo e coordenador da Iniciativa
Nutrientes para a Vida.
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