Especialistas do
Hospital São Camilo SP alertam para a importância de manter as medidas
preventivas e exames em dia para aumentar chances de um diagnóstico precoce
Sintomas inespecíficos como febre, fraqueza,
mal-estar, dor abdominal e náuseas estão entre alguns dos indicativos
de uma hepatite viral. No entanto, em muitos casos, quando o vírus permanece no
organismo de forma crônica, sintomas aparecem apenas quando a doença já está em
um estágio avançado, o que eleva os riscos de agravamento por cirrose hepática
e até óbito.
“Estima-se que, por ser na maioria das vezes assintomática, mais de 500 mil
pessoas convivam com o vírus C da hepatite sem saber”, alerta a Dra. Anna
Claudia Turdo, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. A
doença ocorre a partir da transmissão de um vírus que provoca uma inflamação no
fígado, podendo acometer pessoas de todas as idades.
Dados do último Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado pela
Secretaria de Vigilância em Saúde em 2020, na última década, foram registrados
mais de 74 mil óbitos relacionados às hepatites virais dos tipos A, B, C e D,
sendo que 76% ocorreram em decorrência da hepatite C, para a qual ainda não há
vacina.
O estudo ainda aponta para a incidência de mais de 673 mil casos de hepatite no
Brasil entre os anos de 1999 e 2019. Aqui, o maior número também é referente à
hepatite C, representando 37,6% dos casos, seguido pela hepatite B, com 36,8%.
Em terceiro, a pesquisa mostra a hepatite A com 25% e, por fim, o tipo D
representando 0,6% dos casos.
Por essa razão, de acordo com a infectologista, o maior desafio no combate
às hepatites virais é o diagnóstico precoce. “Exames de rotina podem
detectar hepatites virais precocemente, ampliando as chances de cura ou
acompanhamento para controlarmos complicações”, explica.
Segundo a especialista, além das vacinas para evitar a infecção pelos vírus da
hepatite A e B, é recomendável realizar o teste para hepatite C pelo menos
uma vez ao ano, aumentando as chances de um diagnóstico precoce e início do
tratamento.
“A vacina para hepatite B é dada para pessoas de qualquer idade no SUS. É uma
vacina segura, sem efeitos colaterais ou contraindicações”, além disso, a
médica infectologista ressalta que a hepatite D está associada com a presença
do vírus B. Assim, a vacina para hepatite B atua como proteção para ambos
os tipos.
“Vale frisar que as hepatites B e C, caso não sejam
tratadas, podem evoluir para um quadro de doença
hepática crônica ou até mesmo chegar a cirrose e câncer de fígado”,
reitera a Dra. Anna Claudia.
Para a médica, campanhas de conscientização como
Julho Amarelo, do Ministério da Saúde, são fundamentais nestes casos, pois
ajudam a disseminar informações à população sobre sintomas, causas, prevenção e
tratamentos da doença.
A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo tem realizado diversas publicações
em suas redes sociais com o objetivo de esclarecer a população sobre os riscos
das hepatites, além de reforçar junto aos seus profissionais as
orientações sobre métodos preventivos e de tratamento.
São Camilo nas redes sociais
@hospitalsaocamilosp
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