Com 77
MWmédios contratados e mais de R$ 908 milhões em investimentos previstos, fonte
solar fotovoltaica é a mais competitiva entre as renováveis, apesar de não ter
sido a mais contratada
Segundo
a entidade, se o Governo Federal tivesse contratado o dobro de energia da fonte
solar nestes leilões, os consumidores brasileiros teriam economizado pelo menos
R$ 126,8 milhões nos próximos 20 anos
A fonte
solar fotovoltaica foi destaque nos Leilões de Energia Nova A-3 e A-4 de 2021
(LEN A-3 e LEN A-4 de 2021), realizados ontem (08/07) pela Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo (SP), com início de
suprimento em janeiro de 2024 e janeiro de 2025, respectivamente.
Partindo de um preço inicial (teto) de R$ 198,00/MWh para a fonte solar
fotovoltaica nos dois certames, o LEN A-3 foi encerrado com preço-médio de
venda de R$ 125,53/MWh (deságio de 36,6%), enquanto o LEN A-4 apresentou
preço-médio de venda de R$ 136,31/MWh (deságio de 31,2%). Com isso, a fonte
solar apresentou os menores preços-médios para os dois leilões de energia.
Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR),
a contratação de energia da fonte solar fotovoltaica deveria ter recebido maior
prioridade, por ser a fonte renovável com menores preços do País desde 2019.
“Se o Governo Federal tivesse contratado o dobro de energia da fonte solar
nestes dois leilões, reduzindo a energia comprada de fontes mais caras, teria
economizado aos consumidores brasileiros pelo menos R$ 126,8 milhões nos
próximos 20 anos”, esclarece Rodrigo Sauaia, presidente executivo da entidade.
Os projetos solares contratados pelo LEN A-3 e A-4 de 2021 estão localizados na
região Nordeste, nos estados da Paraíba (59,6 MWmédios) e Pernambuco (17,4
MWmédios). Foram arrematadas sete novas usinas da fonte, totalizando 77
MWmédios de garantia física, trazendo mais de R$ 908 milhões em investimentos
previstos e a geração de mais de 8 mil empregos até 2025.
Com a evolução da fonte solar fotovoltaica no Brasil, a ABSOLAR tem recomendado
ao Ministério de Minas e Energia (MME) e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
aprimoramentos ao planejamento de contratação da fonte nos leilões de energia e
no planejamento da expansão da geração no País.
“A fonte solar fotovoltaica segue cumprindo o seu compromisso de trazer energia
elétrica competitiva aos leilões, ajudando a reduzir o preço da energia aos
consumidores e à sociedade brasileira. Hoje, mais uma vez, demonstramos, na
prática, a crescente competitividade da fonte, em benefício de todo o País.
Cabe, agora, ao Governo Federal revisar as diretrizes do planejamento e ampliar
a contratação de energia solar nos próximos leilões, inclusive os que já estão
previstos para o segundo semestre de 2021 e para os anos de 2022 e 2023. Isso
ajudará a reduzir os preços de energia elétrica que serão pagos pelos
brasileiros, aliviando o bolso da população e melhorando a competitividade dos
setores produtivos”, ressalta Márcio Trannin, vice-presidente do Conselho de
Administração da ABSOLAR.
Nenhum comentário:
Postar um comentário