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quarta-feira, 14 de julho de 2021

Educador financeiro sugere que consumidor endividado busque a negociação com credores

César Karam reflete que o descontrole das finanças acontece pela desorganização advinda de rotinas muito aceleradas no dia-a-dia, fazendo com que sobre pouco tempo para cuidar do orçamento e planejar gastos e investimentos 

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgou recentemente que 69,7% das famílias brasileiras estão endividadas e grande parte está impossibilitada de pagar suas dívidas sem comprometer a sobrevivência. 

Segundo o educador financeiro César Karam, o descontrole das finanças acontece pela desorganização advinda de rotinas muito aceleradas no dia-a-dia, fazendo com que sobre pouco tempo para cuidar do orçamento e planejar gastos e investimentos. “A má gestão do tempo gera ainda subproblemas como, por exemplo, o atraso no pagamento de contas e acúmulo de despesas extras no cartão de crédito”, ressalta. 

Karam explica que a compra por impulso é, sem dúvidas, um dos maiores inimigos daquele que está buscando regularizar suas finanças. “A pandemia representa um momento economicamente de maior cautela e de mais vigilância por parte das pessoas”, pondera. “Racionalmente, poupar faz mais sentido em tempos de incertezas, mas as emoções estão muito afloradas e instáveis o que acaba contribuindo para tomada de decisões erradas e gastos desnecessários”, completa. 

Por conta do fechamento de postos de trabalho, que acelerou as taxas de desemprego, corte de salários etc., a informalidade ganhou espaço no mercado e fez surgir várias maneiras de engrossar a renda familiar. Karam observa que para aqueles profissionais que se dão bem com o digital, a prestação de serviços como freelancer pode ser uma excelente opção. “Há uma demanda cada vez maior por pessoas que produzam textos, posts e vídeos para mídias sociais e tudo mais que envolva a internet”, assegura. E para os que preferem o mercado offline, uma boa fonte de ganhos extras pode estar escondida atrás da produção de alimentos, que podem ir de marmitas a sobremesas, ensina. 

O educador financeiro recomenda aos consumidores com dívidas atrasadas que busquem negociar com o credor a redução nas taxas de juros. “É interessante verificar a possibilidade de dever toda a quantia apenas para um devedor que cobre os menores juros e, assim, já quitar os demais”, explica. “Em seguida é preciso estabelecer uma prestação possível de pagar, e passar a ter controle total de suas despesas através de uma planilha, sistema ou mesmo um caderno”, frisa. 

Karam sugere ainda que o consumidor procure ficar a par da Lei do Superendividamento que traz benefícios de renegociação de dívidas com melhores condições de pagamento.

 


CésarKaram – formado em Administração de Empresas com especialização na área de investimentos e em coaching e PNL. Tem MBA pela Fundação Getúlio Vargas e CNPI – Certificado Nacional do Profissional de Investimentos.  

 

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