Especialista do
Hospital São Camilo explica importância do acessório e dá dicas para utilização
por pessoas alérgicas
Consideradas um símbolo de boa educação e respeito
ao próximo nos países asiáticos, as máscaras se tornaram presente no dia a dia
da população brasileira e mundial, como meio de frear a propagação do
Coronavírus.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o acessório fornece uma
barreira contra as gotículas infecciosas expelidas através da respiração,
espirro e/ou tosse.
“Cada máscara tem o seu grau de proteção, que, dependendo do tipo, pode
garantir até 95% de proteção ao usuário”, explica a Dra. Anna Cláudia Turdo,
infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Além da Covid-19, outras doenças como influenza, H1N1, vírus sincicial
respiratório e hanseníase, além de vírus e bactérias que causam resfriados,
podem ser barradas pelo acessório.
“Quando espirramos ou tossimos sem proteger a região da boca e nariz, as
gotículas expelidas durante o ato ficam suspensas no ar, proporcionando a
propagação do vírus entre as pessoas”, ressalta a infectologista.
Para a especialista, é importante que se utilize as máscaras sempre que houver
possibilidade de contato direto ou exposição a gotículas que possam atingir
olhos, nariz, boca e garganta.
Tipos de máscaras
- Modelo PFF2/N95
Utilizadas por profissionais de saúde, o modelo
PFF2/N95 – com ou sem válvulas – filtra até 98% das partículas suspensas no ar.
“Em termos de proteção, o modelo PFF2 é a melhor
opção para evitar quaisquer contágios, principalmente pelo Coronavírus. Esse
modelo de máscara não deixa folgas no rosto, ajustando-se corretamente”,
explica a infectologista.
- Máscaras cirúrgicas
Segundo estudo realizado pela Universidade de São
Paulo (USP), as máscaras cirúrgicas filtram de 87% a 91% das partículas,
conforme a quantidade de camadas.
“Apesar de as máscaras cirúrgicas serem eficientes
para filtragem, elas acabam deixando folgas no rosto, o que possibilita uma
chance de contágio”, esclarece.
Conforme a especialista, para diminuir o problema
de vedação deste modelo, é importante que elas tenham clipe nasal para
ajustá-las ao nariz e dar nó nos elásticos, deixando-as mais rente ao rosto.
- Máscara de pano
De forma geral, as máscaras de pano têm baixa
eficiência de filtragem. Porém, em conjunto com a máscara cirúrgica, ela pode
filtrar até 96% das partículas.
“Muitas das máscaras de panos são feitas de algodão ou de poliéster por serem feitas com peças de roupa. Logo, por conta das inúmeras lavagens dos tecidos, sua capacidade de filtragem acaba sendo danificada, causando exposição do usuário”, reitera a Dra. Anna Cláudia.
Alergias respiratórias e de contato
Como um acessório indispensável atualmente, as máscaras ajudam pacientes com
alergias respiratórias a não terem contato com agentes alérgicos presentes no
ar, como poluição, poeira, pólen, entre outros.
“Para pessoas que sofrem de rinite, sinusite, obstrução nasal e coriza, o
modelo de máscara que será utilizada é importante, principalmente para não
dificultar a respiração e desencadear os sintomas alérgicos” explica a Dra.
Cristina Abud, alergologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Segundo a especialista, o ideal para aqueles que sofrem com alergias de maneira
geral é buscar a orientação de um médico que identificará, caso a caso, qual o
tipo de máscara adequada.
Ela explica ainda que algumas pessoas podem desenvolver alergias na região
coberta pela máscara. Portanto, é fundamental observar o uso e o material
correto e adequado, nestes casos.
“Alguns tecidos utilizados para confeccionar as
máscaras, junto a gotículas de saliva seguradas pelo item, podem causar o que
chamamos de dermatite de contato, ou seja, uma irritabilidade na pele que pode
gerar áreas de vermelhidão ou inchaço”, esclarece.
Para evitar o problema, a orientação da
especialista é fazer a troca da máscara a cada duas horas.
A médica também alerta para a importância de
observar a forma de condicionamento das máscaras quando não estiverem em uso, a
fim de evitar que fiquem expostas ao acúmulo de poeira e ácaros, aumentando o
risco de desencadear reações alérgicas quando em contato com as narinas e a
pele.
“Observando esses cuidados básicos, o mais importante é nunca deixar de usar a
máscara para garantir a proteção de todos”, finaliza.
Hospital São Camilo
@hospitalsaocamilosp
Nenhum comentário:
Postar um comentário