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quarta-feira, 14 de julho de 2021

Clima frio e seco aumenta a incidência de problemas oculares

Conjuntivite viral, Síndrome do Olho Seco e alergias são as patologias oftalmológicas mais comuns neste período


O clima frio e seco proporciona melhor ambiente para vírus e bactérias. No ápice da secura, a conjuntivite pode até virar epidemia. A baixa umidade do ar resseca também a região ocular, causando a Síndrome do Olho Seco. Quem mais sofre são as pessoas alérgicas. A Organização Mundial de Saúde estima que 57 milhões de brasileiros tenham algum tipo de alergia. Em mais da metade dos casos, a doença se manifesta nos olhos.

 

De acordo com o oftalmologista Francisco Porfírio, um dos fatores para o crescimento de problemas oculares nessa época do ano é o aumento da poeira, causado pela queda nas temperaturas e na umidade do ar. "O tempo seco aumenta a concentração de poluentes no ar, um agravante para as alergias oculares. A redução da umidade do ar também diminui a lubrificação dos olhos", explica o médico.

 

Coçar os olhos é uma atitude quase que instantânea de quem está com a vista seca. Mas, segundo o médico, isso deveria ser a última coisa a ser feita, pois pode trazer problemas sérios. "Quando ao paciente coça o olho, expõe o globo ocular a um trauma constante e repetitivo", esclarece Porfírio.

 

A Síndrome do Olho Seco é caracterizada pela pouca ou má qualidade da lágrima, deixando a superfície dos olhos seca, facilitando o aparecimento de infecções e inflamações.O tratamento para os casos leves é feito com colírios lubrificantes. Os casos mais graves são tratados com géis lubrificantes oftalmológicos, corticoides e até mesmo cirurgias.

 

A melhor forma de se prevenir é lavar os olhos com soro fisiológico gelado quando sentir irritação, evitar coçar, usar colírios lubrificantes (prescritos por um oftalmologista) e usar óculos de sol com lentes UVA e UVB. "Mesmo com menor quantidade de luz solar, a luminosidade nesta época pode continuar alta, principalmente em Brasília", afirma o oftalmologista.

 

Neste período, a maior proliferação de vírus no ar favorece a transmissão da conjuntivite viral, que pode responder por aproximadamente 90% dos casos. A transmissão costuma ocorrer pelas mãos, por toalhas, cosméticos, uso prolongado de lentes de contato, entre outros. 

A conjuntivite é a inflamação da membrana externa do olho, chamada conjuntiva. Ela é responsável por produzir muco para proteger e lubrificar o olho. Na maioria dos casos, os sintomas e a doença desaparecem em até dez dias sem que seja necessário qualquer tipo de tratamento. Em algumas situações, no entanto, é preciso utilizar colírios ou pomadas.


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