Presidente da entidade reforça
que apenas a Pfizer foi autorizada pela Anvisa e chama a atenção para que a
vacina foi aprovada em caráter experimental
O governo do Estado de São Paulo anunciou que, em agosto, pretende vacinar, contra a Covid-19,adolescentes de 12 a 17 anos. Desde junho, a vacinação nessa faixa etária já é permitida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Porém, a única vacina liberada até o momento pela entidade é a vacina da Pfizer.
O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (ANADEM), Dr. Raul Canal, reforça a necessidade de se vacinar todos os públicos possíveis, porém, faz ressalva sobre os cuidados e orientações que se deve ter: “Se, científica e logisticamente, estamos seguros de que este é o caminho para uma imunização em massa, temos de vacinar todos os públicos, atentando às especificações de cada vacina. Cabe um alerta aos potenciais novos públicos alvos de estarem cientes de quais fabricantes são autorizados para essas faixas etárias - no Brasil, a ANVISA liberou apenas a vacina da Pfizer para maiores de 12 anos, assim como a FDA e EMA”.
Segundo o calendário divulgado pelo governo do Estado de São Paulo, a vacinação se iniciará com jovens de 12 a 17 anos que apresentem algum tipo de comorbidade e deficiências permanentes, além de gestantes. Em seguida, toda a população que tenha entre 15 e 17 anos será vacinada e, por fim, será a vez dos adolescentes de 12 a 14 anos.
“Esperamos que essa redução progressiva na faixa etária não prejudique ou dificulte a vacinação em pessoas maiores de 18 anos. Os estudos já comprovaram que a infecção em adolescentes e crianças tem consequências mais brandas e não podemos descuidar do grupo que realmente é mais suscetível à doença”, alerta Canal.
Além disso, outro ponto salientado pelo presidente da ANADEM é o fato de todas as vacinas terem sido aprovadas em caráter experimental. “Todas as vacinas que estamos usando no Brasil e no mundo, independente do fornecedor, foram aprovadas pela Anvisa, pelo FDA e pela EMA em caráter experimental, ou seja, a eficácia não foi totalmente comprovada e pode acontecer de aparecer algum efeito colateral”, aponta Raul Canal.
O calendário
de vacinação do Estado de São Paulo pode sofrer alterações conforme a
disponibilidade das vacinas. Para conseguir alcançar a meta estabelecida,
dependerá do cumprimento do cronograma de chegada de outras vacinas, em
especial a Pfizer, o terceiro imunizante mais aplicado no país e até agora o
único aprovado pela Anvisa.
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