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Dia Mundial da Alergia, instituição especializada em Otorrinolaringologia faz
um alerta para os riscos da rinite alérgica, problema que atinge 1⁄4 dos brasileiros
Certamente você já teve alguma reação alérgica
ou conhece alguém que sofra de doenças respiratórias, como rinite e asma, por
exemplo. Para chamar atenção ao problema, que atinge 25% da população mundial,
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a data de 8 de julho foi
intitulada como o Dia Mundial da Alergia.
No Brasil, este número é ainda maior, de acordo
com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), afetando cerca de
30% das pessoas.
As médicas Cristiane Passos Dias Levy e Sheila
Cardinali Tamiso, ambas otorrinolaringologistas do Hospital Paulista, fazem um
alerta para os riscos da rinite alérgica, que tem uma incidência em 25% dos
brasileiros, e para a asma, presente em 20% das crianças e adolescentes.
"As alergias respiratórias prejudicam o
dia a dia do paciente. No entanto, por meio de um tratamento apropriado,
orientação e cuidados adequados, é possível controlá-las, aumentando a
qualidade de vida dos pacientes", explica a Dra. Cristiane.
Diagnóstico
Assim como em grande parte das patologias, as
crianças têm uma predisposição maior a desenvolver algum tipo de alergia.
Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology, 70% das alergias
aparecem antes dos 20 anos.
Mas enganam-se os que acreditam que as pessoas
não podem se tornar alérgicas depois de adultas. A Dra. Cristiane destaca que
as alergias a cosméticos ou produtos sintéticos - conhecidas como dermatites de
contato - ou ainda a alergia a medicamentos costumam aparecer já na vida
adulta.
"Geralmente, as alergias respiratórias
tendem a aparecer em pacientes que possuem maior sensibilidade imunológica a
algumas substâncias ou àqueles que têm predisposição genética", ressalta.
O diagnóstico deste tipo de alergia é feito por
meio da determinação específica de IgE, um anticorpo presente no sangue capaz
de auxiliar na identificação de diversas doenças.
Rinite alérgica
Presente em 1⁄4 da população brasileira, a
rinite alérgica também pode ser considerada o tipo mais comum de doença
respiratória. Atópica, ela se caracteriza pela inflamação da mucosa nasal.
De acordo com a Dra. Sheila, a rinite pode
surgir tanto na infância, a partir dos quatro anos, como na vida adulta, o que
explica sua alta prevalência.
Entre os sintomas mais comuns da rinite estão
coriza, espirros, congestão nasal e coceiras no nariz, garganta e nos ouvidos.
As crises de rinite alérgica podem surgir também por meio de agentes alérgenos,
como ácaros e fungos, poeira, pelos de animais, perfumes muito fortes, pólen
das flores e tempo seco, entre outros.
"Em dias secos como os que estão fazendo,
nossa mucosa nasal tende a ficar mais irritada, já que há um aumento de
micropartículas de poeiras e substâncias tóxicas que ficam suspensas no ar,
circulando pelo ambiente", complementa a médica.
Prevenção
A rinite alérgica pode ser evitada ou
controlada com cuidados simples do dia a dia. Segundo a Dra. Sheila, a maioria
das formas de prevenção diz respeito a evitar acúmulos de poeira.
"Seja para pacientes que já sofrem com a
patologia ou para os que desejam evitá-la, indicamos que evitem quaisquer tipos
de produtos e objetos que possam acumular pó dentro do lar. Cortinas, carpetes,
bichinhos de pelúcia e usar o mesmo travesseiro por muito tempo são alguns exemplos",
ressalta a especialista.
Para a limpeza de casa, o indicado é evitar o
uso de aspiradores, vassouras e espanadores, já que estes objetos tendem a
espalhar ainda mais a poeira. O recomendado é substituí-los pelo pano úmido,
que deve ser passado nos ambientes e móveis ao menos duas vezes por semana.
"As roupas de cama e cobertores também
devem ser trocadas e lavadas regularmente, de preferência com sabões neutros ou
produtos que não tenham um aroma muito forte."
Os umidificadores de ar podem ajudar a manter o
ambiente mais confortável, mas é necessário ter cautela ao utilizá-los. Quando
o aparelho fica ligado por muito tempo pode haver um efeito contrário, já que
excesso de umidade pode facilitar a proliferação de fungos e bactérias.
Tratamento
Todas as recomendações de higiene citadas podem
ser consideradas formas de tratamento para as doenças respiratórias,
principalmente à rinite alérgica. Já quando o assunto é medicamento, o melhor
tratamento é definido após a avaliação médica.
Segundo a Dra. Sheila, é comum tratar rinites
com anti-histamínicos, corticoide e descongestionante sistêmico e, em alguns
casos, corticoides. Mas ela faz um alerta para a automedicação, que é
contraindicada em qualquer sintoma ou doença.
"Para alguns pacientes, o tratamento com a
imunoterapia pode ser uma opção para potencializar o sistema imunológico. Para
todos os casos, a avaliação de um médico é sempre a solução mais
indicada", finaliza.
Hospital Paulista de
Otorrinolaringologia
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