No acumulado do ano, em comparação com mesmo período de
2020, número de óbitos cresceu 1,5%, apesar da queda significativa nos índices
de isolamento social
De acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, o Estado de São Paulo manteve relativa estabilidade no número de fatalidades de trânsito nos cinco primeiros meses de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado, quando os índices de isolamento social por conta da pandemia da covid-19 foram maiores. Dados do Sistema de Monitoramento do Governo do Estado indicam que a média da taxa de isolamento em maio de 2020 foi de 49% e de 42% em maio deste ano.
Nos primeiros cinco meses de 2021 foram contabilizados 1932 óbitos por acidentes de trânsito, contra 1903 entre janeiro e maio do ano passado, um aumento de 1,5%. Com relação aos acidentes com vítimas, houve um aumento de 9,7%, passando de 64.325 casos em 2020 para 70.587 em 2021.
“As fatalidades no trânsito se
mantiveram em relativa estabilidade mesmo com uma redução significativa dos
índices de isolamento social. Isso demonstra o acerto das ações do Programa
Respeito à Vida na educação para o trânsito, mobilidade urbana e segurança
viária”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.
Meios
de transporte
No período, a maior redução nas
fatalidades foi referente aos acidentes envolvendo ciclistas, que caíram 9%, de
166 em 2020 para 151 em 2021. Também se verificou uma queda de 7,6% nos óbitos
de pedestres, que passaram de 448 no ano passado para 414 em 2021. As
ocorrências com ocupantes de motocicletas se mantiveram estáveis (754 em 2020 e
758 em 2021) e as que abrangem passageiros de automóveis aumentaram 8,8%, de
432 em 2020 para 470 em 2021
Sobre o programa Respeito à Vida
Programa do Governo do Estado de São Paulo, atua como articulador de ações com foco na redução de acidentes de trânsito. Gerido pela Secretaria de Governo por meio do Detran.SP, envolve ainda as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência.
O Respeito à Vida também é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema pioneiro no Brasil, que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes com vítimas de trânsito nos 645 municípios do Estado. O programa mobiliza a sociedade civil por meio de parcerias com empresas e associações do setor privado, além de entidades do terceiro setor. Em outra frente, promove convênios com municípios para a realização de intervenções de engenharia e ações de educação e fiscalização.
Diversas
medidas têm sido adotadas para reduzir a mortalidade relacionada nas rodovias
do Estado de São Paulo. Entre elas, algumas de maior impacto podem ser
destacadas.
Velocidade
no atendimento
A redução no tempo de atendimento às
vítimas de acidentes pode reduzir a mortalidade em até 60%. Em rodovias, esse
aspecto é ainda mais relevante, dado os tempos naturalmente dispendidos entre o
deslocamento da equipe de resgate até o local do acidente e, em situações mais
graves, dali para o hospital mais próximo. Os socorristas chamam esse período
crítico de “A Hora de Ouro”, que é absolutamente relevante para as estatísticas
de salvamentos de acidentes de trânsito.
Iluminação
em trechos urbanos
Estudos
indicam forte redução de mortalidade em trechos urbanos de rodovias que foram iluminadas.
Um estudo que reuniu resultados de 50 pesquisas referentes ao impacto sobre os
acidentes da iluminação em vias previamente não iluminadas concluiu pela de
redução de 60% em acidentes fatais nessas áreas.
Cinto
de segurança no banco traseiro
Uma pesquisa realizada pela Agência de
Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) em rodovias concedidas indicou, em
2019, que em torno de 10% das pessoas não usam o cinto de segurança nos bancos
dianteiros e 30% no banco traseiro. Essa prática é de extrema importância e vem
sendo estimulada por meio de campanhas educativas e fiscalização, uma vez que
estudos indicam redução de mortalidade em torno de 25% para ocupantes do banco
traseiro e 45% para os bancos dianteiros.
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