No último dia do
Digital Series Indústria, o destaque ficou para a união da capacidade humana
em aproveitar informações e da tecnologia para evolução das organizações
Nesta
quarta-feira, 02 de junho, encerrou-se o Digital Series Indústria,
que trouxe um rico conteúdo sobre como as plantas fabris do país estão se
modernizando e colhendo benefícios das novas tecnologias disponíveis. Não é
surpresa que a maioria das opiniões dos painelistas converge para o máximo
valor dos dados, que se transformam em informações inteligentes no
aperfeiçoamento do processo produtivo e proporcionam novas experiências ao
consumidor.
Essa foi uma das conclusões do webinar ‘Inteligência Artificial (IA) na Indústria 4.0 –
Transformando Produtos e Serviços, Gerando Novos Negócios’ com
os debatedores Angelo Figaro, CIO da Renault
Nissan Mitsubishi; Renata Zepelini, Senior IT
Director da Pepsico; e Lyzbeth Cronembold, Founder &
CEO da Changers, com moderação de Pablo Valle, coordenador da
Pós-graduação em Indústria 4.0 da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Para que as indústrias atinjam o patamar de uso da Inteligência Artificial na
produção, deve haver a transformação do grande volume de algoritmos coletados
pelos sistemas automatizados em informações inteligentes. As aplicações criadas
a partir dessas informações é que solucionam as demandas de cada tipo de
produção. Na opinião de Renata Zepelini, Senior IT Director da Pepsico,
“precisamos identificar quais as tecnologias são as mais adequadas para o processo
produtivo, alimentos no nosso caso, e organizar o melhor conjunto de dados
possível para aplicá-los em benefício da organização”. Para Renata, a TI assume
nessa nova etapa da transformação digital para um papel de consultor de
tecnologia, de segurança e de guardiã da segurança da informação.
Na Renault Nissan Mitsubishi, a captura e tratamento de dados transacionais,
estruturados e não estruturados já proporcionam o uso de Machine Learning e
Inteligência Artificial para análises preditivas em manutenção, predição de
vendas e preferência do público e para soluções do carro conectado às soluções
de cidades inteligentes. “Sensores captam, por exemplo, ruídos emitidos pelas
máquinas no chão de fábrica. Se há alguma irregularidade, conseguimos prever
quando devemos parar um equipamento para manutenção. Isso é um ganho
significativo para a empresa, pois produzimos um carro por minuto e imagine
quanto custa um minuto da linha de produção parada por falhas mecânicas”,
explica Angelo Figaro, CIO da Renault Nissan Mitsubishi. O executivo chama a
atenção para o fato de que a TI não seja o gargalo da produção. “O dado tem de
se transformar em informação para que ela seja usada para ações em campo.
Devemos identificar quais informações são aproveitáveis e geram benefícios para
o negócio.”
Lyzbeth Cronembold, Founder & CEO da Changers, valoriza o papel das pessoas
em todo o processo de disrupção e da indústria 4.0. “Os profissionais devem
buscar nas suas empresas os colegas com os quais se identificam mais e construírem
juntos a contribuição que torna a organização mais inteligente”, afirma. Para
Lyzbeth, o caminho da evolução é a soma da contribuição de cada pessoa com o
legado de informações das empresas. “Essa é a composição entre os algoritmos e
o valor de cada um.”
A hora e a vez do IA e do blockchain
A Inteligência Artificial (IA) e o blockchain são tecnologias complementares e
sinergéticas. De um lado, a IA adiciona informação na captura de dados e tomada
de decisão, por outro lado, o blockchain é quem fornece integridade, segurança
e descentraliza o ambiente no qual as transações ocorrem, o que contribui muito
para melhoria do processo. Esses temas tão interessantes foram debatidos por Cristiane
Tarricone, conselheira do Instituto Colaborativo de Blockchain.
Em entrevista à Ana Caparroz, especialista em Marketing e Relacionamento da
Informa Markets, Cristiane deu uma aula de como essas duas ricas ferramentas
vem dando o tom na Indústria 4.0 e tornando a cadeia produtiva
mais eficiente e segura.
Para Cristiane, estamos em plena revolução da Indústria 4.0 e a bordo de uma
revolução tecnológica que vai transformar radical e fundamentalmente a forma
como vivemos, trabalhamos e como nos relacionando. “É uma realidade, estamos
vivendo essa transformação hoje. Na Indústria 4.0, há uma grande convergência
nas tecnologias digitais, tanto física quanto biológica, e isso forma uma
fábrica inteligente, que entregam valor e produtos mais personalizados na ponta
para os clientes. Essa modificação traz mudanças significativas, inclusive
ética e a segurança geográfica”.
Segundo pesquisa recente do ManpowerGroup, 42% de empresas no Brasil têm
intensificado seus investimentos em digitalização de empresas e de sua produção
fabril contra 38% no mercado global. E, apesar do índice de desemprego estar em
patamares altíssimos no país, a condição de emprego na área de tecnologia está
bem diferente. Neste universo específico, como IA, Analytics, Big Data, IoT,
90% dos empresários no Brasil, que efetivamente estão fazendo modificação em
suas fábricas, estão contratando. O ponto crítico é o gap da mão de obra para
essas tecnologias. O Fórum Econômico Mundial afirma que, até 2025, o número de
horas trabalhadas por homens em máquinas será igual. É um indicador forte para
todos que atuam na Indústria 4.0 fazer modificação e começar a implementar
essas tecnologias, seja blockchain ou IA.
Blockchain é uma tecnologia disruptiva e que vai desintermediar os processos
que hoje são centralizados. E isso muda fundamentalmente como os modelos de negócios
ocorrem atualmente. Mas ainda vai levar um tempo para ser totalmente
implementada e vencer a desconfiança que ainda paira em algumas questões. O
blockchain traz credibilidade e autenticação, uma vez que a criptografia está
em sua operação. Já a IA, que está cada vez mais inserida em nossos dias, tem a
característica de permitir a personificação e tornar produtos entregues ao
consumidor personalizados. Por fim, Cristiane destaca que a IA, mesclada com
blockchain, trarão ganhos potencializados para todos os setores da economia.
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