Dia Mundial de Combate à doença é celebrado no dia 24 de março como forma de mobilizar a sociedade e orientar sobre sintomas e tratamento
Para
chamar atenção ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado nesta
quarta-feira (24/3), o Ministério da Saúde prepara diferentes ações para a
Semana de Mobilização e Luta contra a doença. Além de promover atividades de
sensibilização e engajamento junto aos estados, a pasta, por meio da Secretaria
de Vigilância em Saúde (SVS), divulga hoje uma edição especial do Boletim Epidemiológico Tuberculose
2021, com os dados atualizados sobre a doença no Brasil.
O
secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, participa, nesta
quarta-feira, de webinar para apresentar a situação epidemiológica do país e
discutir os desafios para o enfrentamento da doença. “A tuberculose continua
sendo um importante problema de saúde pública no Brasil. Para diminuir os
efeitos da pandemia da covid-19, é necessário organizar a oferta de diagnóstico
e tratamentos, se atentando aos sintomas, especialmente a tosse. Além disso, é
preciso garantir as estratégias de suporte social para que as pessoas tenham
possibilidade de finalizar o tratamento”, afirmou.
O
webinar faz parte de uma série especial de seminários online
com participação de profissionais especialistas na área. A programação
ocorre durante esta semana e o acesso é livre ao público.
O
Ministério da Saúde também divulga, nesta quarta-feira (24), a campanha institucional de comunicação: “Não fique na
dúvida, fique livre da tuberculose”, que destacará a importância do
diagnóstico precoce e tratamento da tuberculose, esclarecendo que tosse por
três semanas ou mais é um dos sinais importantes da doença. O objetivo é
reforçar a disponibilidade do diagnóstico e tratamento no Sistema Único de
Saúde (SUS), além de enfatizar a necessidade de seguir com o tratamento até o
final para o alcance da cura.
TUBERCULOSE
NO BRASIL
O
Brasil está entre os 30 países de alta infecção de tuberculose e coinfecção
TB-HIV, considerado prioritário para o controle da doença no mundo, de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora tenha sido observada uma
tendência de queda constante entre os anos de 2011 e 2016, a incidência de
tuberculose no país aumentou entre 2017 e 2019.
Em
2020, observou-se uma queda acentuada da incidência em comparação com 2019,
reflexo da pandemia da covid-19. Esse índice chama atenção para a importância da
manutenção das ações de controle da doença. Foram registrados 66.819 casos
novos de tuberculose no país em 2020. Em 2019, antes da pandemia, foram
registrados 4.532 óbitos em decorrência da doença.
No
mundo, segundo a OMS, cerca de 10 milhões de pessoas desenvolveram
tuberculose e 1,2 milhão morreram pela doença em 2019.
A
edição especial do Boletim Epidemiológico 2021, com as informações sobre o
cenário epidemiológico, está disponível aqui.
NOVAS
TECNOLOGIAS PARA TRATAMENTO NO SUS
Cinco
novas tecnologias para o diagnóstico e tratamento da tuberculose foram
incorporadas ao SUS entre 2020 e 2021. Essas ferramentas representam um
importante avanço para o cuidado dos pacientes com a doença, acelerando o
diagnóstico e ampliando os esquemas terapêuticos. Os processos de aquisição
dessas tecnologias estão em andamento.
Para
o diagnóstico da tuberculose, houve a ampliação do acesso aos testes, de forma
padronizada, constituindo uma estratégia importante para o controle da
doença. Entre eles, a cultura líquida automatizada, que amplia a
qualidade da cultura e acelera o diagnóstico. Além disso, ainda neste mês de
março de 2021, foi recomendada a incorporação do teste de fluxo lateral para detecção
de lipoarabinomanano em urina (LF-LAM), mais uma alternativa para
diagnóstico precoce para pessoas que vivem com HIV/Aids. Também foi
incorporado à rede pública de saúde o teste de liberação de
interferon-gama (IGRA) para diagnóstico da infecção latente da tuberculose em
pessoas vivendo com HIV. A oferta do IGRA é voltada para populações
específicas: casos de tuberculose ativa e candidatos a transplante de
células-tronco.
Em
relação ao tratamento, os medicamentos Delamanida e Bedaquilina foram incorporados
para atendimento dos casos em que os pacientes apresentam resistência ou
intolerância ao tratamento já disponível. Com essa incorporação, o Brasil
atualiza os esquemas terapêuticos para tuberculose drogarresistente (TBDR) de
acordo com as recomendações vigentes da OMS. Também houve a incorporação
da Rifapentina, favorecendo a adesão ao tratamento da infecção latente.
SINAIS
E SINTOMAS
A
tuberculose é causada por uma bactéria (Mycobacterium Tuberculosis) que
afeta com mais frequência os pulmões, mas pode infectar qualquer órgão ou
sistema do corpo. A transmissão ocorre pelo ar: a bactéria se espalha por meio
de aerossóis liberados durante a fala, tosse e/ou espirro de pessoas com a
forma ativa da tuberculose pulmonar ou laríngea, sem tratamento. Os sintomas da
tuberculose ativa incluem tosse persistente (por três semanas ou mais), febre
baixa, sudorese, geralmente à noite, emagrecimento e cansaço.
Angélica
Mengue
Ministério da Saúde
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