Estima-se que, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas tenham doença renal crônica
Por ocasião do Dia Mundial do Rim (11 de março), o nefrologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dr. Paulo Sérgio Rovai, alerta sobre os cuidados a serem tomados para prevenir e tratar as doenças renais, que já são reconhecidas como um problema global de saúde pública.
A data, idealizada pela Sociedade Internacional de Nefrologia, tem como tema este ano “Vivendo bem com a doença renal”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 10% da população mundial apresenta algum tipo de disfunção renal. No Brasil, a Fundação Pró-Renal calcula que mais de 10 milhões de pessoas tenham o estágio crônico da doença. Dr. Rovai explica que os principais grupos de risco para o desenvolvimento dessa patologia são: hipertensos, diabéticos, obesos e aqueles que têm histórico familiar de doença renal ou cardiovascular.
O especialista afirma que os rins desempenham um papel vital para o bom funcionamento do organismo. “Eles são responsáveis por limpar todas as impurezas e as toxinas do corpo, regular a água e manter o equilíbrio das substâncias minerais, como sódio, potássio e fósforo; liberar hormônios para manter a pressão arterial e regular a produção de células vermelhas no sangue, além de ativar a vitamina D, que mantém a estrutura dos ossos”.
No entanto, nem sempre as pessoas tomam os cuidados necessários para manter os rins saudáveis. As doenças renais podem se manifestar como pressão alta, inchaço ao redor dos olhos e nas pernas, fraqueza, náuseas e vômitos, dificuldade para urinar, urinar várias vezes, principalmente à noite, urina com muita espuma, perda de apetite, alteração da cor da urina e histórico de pedra nos rins.
“O desenvolvimento de
patologias renais costuma ser lento e, na maioria dos casos, silencioso. Outro
problema é que, como os sintomas são muito comuns, as pessoas muitas vezes os
associam com outras doenças, como hipertensão e diabetes. O mais indicado é
fazer uma avaliação médica, sempre que os sintomas persistirem”, orienta dr.
Rovai.
O Seconci-SP dispõe de toda a estrutura médica e laboratorial para
o diagnóstico, que requer exames de urina e de sangue, para medir a creatinina.
O
nefrologista destaca que a doença renal é progressiva, podendo se agravar ao
longo dos anos, se não forem tomados os cuidados necessários. “Os tipos mais
comuns são: perda progressiva das funções dos rins, cistos renais, cálculos
renais, infecções urinárias, tumor ou câncer de rim”.
As melhores formas de prevenção e cuidados envolvem a adoção de
hábitos saudáveis, como o controle do nível de açúcar no sangue, consumo
regular de água, monitoramento da pressão arterial, prática de exercícios
físicos, dieta equilibrada, controle de peso e do colesterol, evitar o
tabagismo e a automedicação, especialmente de anti-inflamatórios não hormonais,
e reduzir o sal na alimentação, limitando-o a cinco gramas diárias.
“Uma vez fechado o
diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente e mantido a longo
prazo para evitar a evolução do quadro. Quando
alcança estágios mais avançados, outras opções de tratamento são indicadas como
a diálise, procedimento responsável por filtrar o sangue e devolvê-lo com menos
toxinas ao organismo, através de um equipamento e uma solução especial ou o
transplante renal”, finaliza dr. Rovai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário