Muito se fala sobre a importância de exames preventivos na infância, na fase adulta e, principalmente, na terceira idade, mas a chamada ‘cultura da prevenção’ ainda não é frequentemente aplicada aos pets. “Muitas vezes, os tutores só procuram um especialista quando o animalzinho demonstra sinais de doenças muito graves e, em alguns casos só chegam a tempo de fazer uma eutanásia”, explica a veterinária Adriana Souza dos Santos, clínica geral da AmahVet Clínica Veterinária, localizada no Tatuapé, na Zona Leste da Capital Paulista.
Para os mais atentos, no entanto, os bichinhos de
estimação são parte da família e aumentar a expectativa de vida desses amigos
de quatro patas é uma preocupação do dia a dia. “Ao realizar exames e consultas
preventivas, frequentemente o tutor economiza dinheiro, tempo e a saúde
emocional do animal, já que as chances de diagnosticar doenças na fase inicial
é maior”, explica a especialista.
Um exemplo bem simples, segundo ela, é a castração.
“Muitos tutores optam por não castrar os animais e, no futuro, a cadela ou a
gata podem apresentar hiperplasia mamária ou piometra -infecção bacteriana que
é evitada através da castração-, elevando os gastos com serviços emergenciais”,
salienta. Além disso, nesses casos, corre-se o risco do animal vir a óbito.
Segundo a profissional, realizar alguns exames
simples, como o de sangue (hemograma e leucograma), bioquímicos e hormonais
(que incluem a avaliação de enzimas renais e hepáticas, colesterol, glicemia e
triglicérides) são primordiais e pode ajudar a prevenir ou tratar, desde o
início, problemas dos mais diversos. “Testes laboratoriais auxiliam na
prevenção de doenças como diabetes, hepatopatias, doença renal, correção de
anemias pré-existentes e identificação de infecções ou doenças causadas por
parasitas”, afirma Adriana.
Já o eletrocardiograma, que permite avaliar a
atividade elétrica do coração, também é necessário, segundo a profissional.
“Ele ajuda a identificar precocemente algumas disfunções que acometem a
frequência e o ritmo cardíaco, como as arritmias cardíacas, comuns em visitas
de rotina veterinária”.
Para os cães, a veterinária também indica os exames
de saúde bucal e testes oftálmicos - para os pets com idade superior a sete
anos-. “Esses animais, principalmente os de pequeno porte, possuem formação de
placas de tártaro, que, se não tratado precocemente, podem evoluir para uma
gengivite. Isso faz com que o animal pare de se alimentar por conta da dor,
levando-o a ter perda de peso, quadros de anemias e déficit nutricional”, alerta.
AmahVet
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