Psiquiatra afirma que a crença no bom velhinho é saudável e desenvolve a criatividade
A figura
lendária do Papai Noel já é tradição em dezembro. E nada mais normal do que os
pais estimularem a crença das crianças no bom velhinho. Afinal, ele é um aliado
na transmissão de valores fundamentais, além de incentivar a criatividade. De
acordo com especialistas, acreditar em “seres” míticos é comum na primeira
infância, até mais ou menos os 6 anos, e conforme for crescendo, o
pequeno passa a entender que existe tanto mundo da realidade, quanto o da
ficção.
Simbolicamente, o Papai Noel está ligado ao Natal, e esse período do ano é
sinônimo de solidariedade. Ele é como os heróis dos quadrinhos ou as princesas
dos contos, criados para passar boas mensagens e lições importantes. Para o psiquiatra
Alisson Marques, essa fantasia desenvolve a criatividade da criança. “Enquanto
os pequenos não conseguem distinguir a fantasia do mundo real, é natural
incentivar a imaginação. Mas, a partir do momento que a criança passa a indagar
sobre a existência do bom velhinho, os pais devem falar a verdade. Se pergunta,
é porque ela já desconfia que não é real. Então, essa é a hora de contar,”
explica.
Ainda segundo o médico, a fantasia faz parte do lúdico. É por meio dela que a
criança explora o imaginário, mas é importante mostrar que até para esse mundo
de fantasias existem limites e regras. “Se seu filho, por exemplo, pedir um
presente impossível para o Papai Noel, explique que ele só trabalha com certos
tipos de pedidos”, afirma.
Alisson também destaca que os pequenos enxergam o Papai Noel em um contexto de
alegria, celebração, fartura, presentes, ou seja, remete a coisas boas. “Todas
as histórias de fantasia com o "bom velhinho" carregam lições. Por
exemplo, só serão recompensados com presentes de natal aqueles que se
comportaram ao longo do ano”, completa o psiquiatra.
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