Não dá para negar que com a pandemia tudo ficou - ainda - mais
online. Os almoços de família, os happy hours e até os dates migraram
100% para o ambiente digital. O isolamento social foi, sem dúvida, o grande
responsável por essa mudança de comportamento. E, apesar de muitas soluções -
como aplicativos e softwares - terem surgido, o WhatsApp continua sendo o
recurso mais usado para a comunicação.
Assim como todo excesso faz mal, com o WhatsApp não é diferente.
Seu uso desenfreado trouxe várias reclamações de dores para o consultório (que
também migrou para o virtual) do Dr. Paulo Roberto Szeles, Ortopedista e Médico
do Esporte e atual Coordenador da Residência de Medicina do Esporte da
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). “Eu já vinha observando uma
crescente em lesões causadas pela má postura que acompanha o uso excessivo do
WhatsApp, o que chamamos de "WhatsAppite"”, e a pandemia fez isso
aumentar ainda mais. Nos últimos meses, acompanhei vários casos que vão de
dores leves nos dedos e pulso até lesões mais sérias que demandaram tratamento
mais intensivo de reabilitação e infiltrações (injeções com medicamentos) nos
locais acometidos.
Para ajudar na prevenção da WhatsAppite, o Dr. Szeles reuniu cinco
dicas simples e super eficazes:
1.
Prefira a versão web sempre que
possível. A postura da digitação no teclado do computador costuma sempre ser
melhor e sobrecarrega menos os dedos e pulso;
2.
Use sempre as duas mãos para
segurar o celular e digitar as mensagens;
3.
Mantenha os pulsos retos enquanto
digita;
4.
Além dos áudios que podem ser
enviados pelo app, use também a função de reconhecimento de voz do celular.
Atualmente, todos os smartphones possuem uma função onde você pode ir falando e
ele transforma a mensagem em texto;
5.
Não fique mais de 15 minutos
digitando mensagens. Faça pausas e, se possível, alongue dedos, mãos e
braços.
Dr. Paulo Roberto Szeles - Médico com Título de Especialista em Medicina Esportiva e em Ortopedia e
Traumatologia. Pós Graduado em Traumatologia do Esporte e Fisiologia do
exercício pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde também
fez Mestrado em Medicina Esportiva com foco em
lesões de CrossFit.
Atualmente é
Médico da Seleção Brasileira de Basquete Feminino e de alguns atletas olímpicos
de Ginástica, como Caio Souza, e coordena a Residência Médica em Medicina
Esportiva da UNIFESP.
Já atuou como
médico em grandes eventos Esportivos, como Copa do Mundo do Brasil (2014),
Jogos Olímpicos Rio 2016, Copa América de Futebol (2019) e Basquete (2009 e
2017), Campeonato Mundial de Basquete (2009 e 2010).
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