Ter uma mente treinada mantém a qualidade de vida, o bem-estar e a saúde mental no período de quarentena; saiba como a ginástica cerebral pode ajudar.
Passamos
dos seis meses de pandemia no Brasil. Pessoas de todas as idades se viram
em uma realidade que ninguém imaginava. O distanciamento social, a falta de
atividades de lazer, a rotina de home office e os estudos à distância
proporcionaram uma grande mudança repentina no dia a dia e também, na saúde
mental. Nesse dia 10 de outubro, comemoramos o Dia Mundial da Saúde Mental e
esse tema tornou-se discussão frequente em 2020.
Este
momento pode ser um fator agravante de sintomas depressivos, prejudiciais à
saúde mental. Os momentos de solidão e estresse podem ocasionar ansiedade,
tristeza – desde as crianças que estão em casa até os idosos que muitas vezes,
se encontram isolados da família para se preservarem.
De acordo
com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados na
última pesquisa de 2013, pessoas com idades entre 60 e 64 anos representam a
faixa etária com maior proporção (11,1%), entre os 11,2 milhões de brasileiros
diagnosticados com a depressão e este índice vem aumentando com o passar dos
anos.
E esse
índice também é preocupante entre adultos e jovens. Dados da OMS mostram que o
Brasil é um dos países com o maior número de ansiosos em sua população, 9,3% e
86% dos brasileiros possuem algum transtorno na saúde mental, como depressão e
ansiedade.
Estudos
indicam que a participação em atividades culturais, educacionais e de lazer
para o corpo e para a mente são formas eficazes para a proteção, prevenção e
tratamento das alterações do humor, dos sintomas de estresse e da sensação de
solidão.
“Por isso,
é muito importante estar atento à qualidade do sono, à manutenção de uma rotina
alimentar saudável e à realização de atividades que garantam bem-estar, como
leitura, assistir a filmes, exercícios físicos e praticar exercícios de
estimulação cognitiva, como a ginástica para o cérebro, por exemplo”, diz
Leonardo Kawashita, especialista em ginástica para o cérebro e diretor do
SUPERA Rudge Ramos (SP)
Nesse
momento de retomada parcial das atividades no país, é preciso se reinventar.
Exercícios que estimulam o cérebro podem ser feitos em casa e garantem muito
divertimento, além de garantirem uma mente mais ativa e desafiada.
Leonardo
Kawashita é diretor de uma academia de ginástica para o cérebro em São Bernardo
do Campo - Rudge Ramos. A escola oferece um curso de ginástica para o cérebro -
uma boa alternativa para que toda a família mantenha a saúde mental,
independentemente da idade. Durante a pandemia, as aulas on-line foram uma
opção para os alunos se manterem ativos em casa.
“As aulas
acontecem em turmas separadas por idade, com a realização de atividades
direcionadas à faixa etária, proporcionando interação social, sensação de
valorização e respeito, além da melhoria da autoestima,
uma vez que os alunos são incentivados a realizar novas aprendizagens e a
realizar novos projetos.”, diz Leonardo. A partir de setembro, as aulas
presenciais retornaram com todos os cuidados recomendados e de maneira
gradativa. Porém, as aulas on-line e híbridas permanecem.
Os alunos
utilizam ferramentas como o ábaco (instrumento milenar para cálculos),
apostilas com exercícios cognitivos, jogos on-line, jogos de tabuleiro e
dinâmicas.
“Iniciei o
curso em maio de 2019 e durante a quarentena, as aulas de ginástica para o
cérebro continuaram em casa, com todos os cuidados. Desde o primeiro momento,
fui acolhida muito bem e sou grata por participar de uma aula agradável, que me
garante diversos benefícios na memória e na minha autoestima. Foi algo que me
proporcionou bem-estar e felicidade, recomendo a todos.”, conta Maria Cleusa,
de 68 anos, aluna do curso de ginástica para o cérebro do SUPERA Rudge Ramos
(SP).
Para os
jovens, o curso também mostra a importância de desenvolver as habilidades
socioemocionais; nesse momento de pandemia, tem sido essencial para que os
adolescentes se sintam mentalmente saudáveis.
Além disso, o treinamento cognitivo ajuda a manter o cérebro saudável,
otimizando o desempenho de habilidades como a memória, a concentração, o
raciocínio e a criatividade. Assim como postergando o aparecimento de demências
e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, por exemplo.
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