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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Reinventar-se é a melhor forma de preparar a mente para o “novo normal”

Psiquiatra cooperado da Unimed-BH dá dicas sobre como enfrentar a rotina, reduzir o estresse e alcançar a estabilidade emocional em meio à pandemia do coronavírus

 

Atividades culturais, industriais e estabelecimentos comerciais fechados, além da necessidade de distanciamento e as preocupações econômicas causadas pela COVID-19 impuseram sentimentos de incerteza em muitas pessoas. Embora seja a melhor maneira de prevenir e reduzir os danos causados pelo novo coronavírus, o isolamento social pode levar a um aumento na ansiedade e na angústia, podendo resultar em reações depressivas, problemas no sono e também afetar os indivíduos e suas relações sociais, familiares e econômicas.  

Sentimentos de ansiedade ou depressão são comuns em tempos de incerteza, portanto, ninguém deve se sentir sozinho ou envergonhado. Para o psiquiatra cooperado da Unimed-BH, Marco Túlio de Aquino, existem maneiras de reconhecer essas questões e de lidar com essas mudanças emocionais. “Identificar de forma realista esses sentimentos é o primeiro passo para a recuperação”, explica.  

De acordo com o especialista, manter uma dieta saudável, praticar atividades físicas e dormir bem é muito importante e melhora a imunidade. “As pessoas precisam manter uma atenção redobrada com a saúde, até mesmo como uma ferramenta para estar com a mente aberta e mais bem preparado para enfrentar o ‘novo normal’ que já começamos a vivenciar.” Para o psiquiatra, reinventar-se é uma maneira efetiva de passar pela pandemia e se preparar para o que está por vir. “A maioria de nós tem a capacidade de se reinventar e recriar as nossas vidas. A quarentena está aí para que a gente exerça esta capacidade. Temos a força necessária para nos tornar a melhor versão de nós mesmos. Desenvolvermos a resiliência necessária independentemente da situação difícil que nos encontramos no momento.” 

Aquino recomenda tentarmos ser mais flexíveis e tolerantes com as adversidades, a fim de diminuir a pressão e nos sentirmos melhor na busca por uma resposta mais adequada para tudo o que estamos vivendo. “Hábitos de leitura, assistir filmes e séries, cuidar da casa, das nossas coisas. Enfim, dar um sentido diferente a tudo o que estamos vivendo. Isso vai nos possibilitar sair de tudo isso de uma forma muito mais tranquila”, detalha o psiquiatra. 

Ele destaca que, como não existe ainda uma data para que a vida “retorne ao normal”, essa expectativa pode ser frustrante. “Temos que aceitar este momento e tentar construir a melhor maneira possível de lidar com tudo isso. Reconhecer e construir uma nova maneira de se viver, mantendo os cuidados necessários para preservar a nossa integridade física e mental”, finaliza. 

 

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