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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Tabagismo é fator de risco para doenças da coluna

Fumar aumenta em 30% o risco de dores nas costas


Dia 29 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data, criada em 1986, visa a conscientização sobre os diversos riscos deste mau hábito para a saúde coletiva. Dentre alguns dos males causados pelo tabagismo, destacam-se aqueles relacionados à coluna vertebral. “Fumar contribui para a degeneração dos discos vertebrais, agravando os casos de hérnias de disco, bem como sobrecarregando as articulações, musculatura e ligamentos da região”, aponta Juliano Fratezi, médico ortopedista especialista em coluna, pós-graduado em Dor pelo IEP- Hospital Sírio Libanês e membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).  

O especialista explica que as substâncias presentes no cigarro diminuem a quantidade de oxigênio distribuídas nos tecidos do corpo humano. “Essa falta de oxigênio causada pela alta concentração de uma outra substância chamada carboxi-hemoglobina leva à diminuição de nutrientes dos discos, induzindo a essa degeneração”, afirma Fratezi.  

Diversos estudos ao longo dos anos analisam essa relação. Alguns deles apontam que quanto maior a quantidade de cigarros e o tempo de uso, maior o impacto na saúde dos discos. Um exemplo é  a pesquisa publicada em 2012  e que reuniu especialistas de diferentes países, que apontou tanto a degeneração dos discos como a perda óssea nas vértebras provocadas pela exposição ao tabaco. Um outro estudo publicado no Annals of Rheumatic Diseases em 2014  e realizado com 13 mil pessoas concluiu que fumar aumenta em 30% o risco de um indivíduo apresentar dor na costas. “Há, ainda, indícios de que as substâncias encontradas no cigarro alteram a forma como o cérebro do paciente responde aos estímulos de dor, diminuindo esse limiar”, explica o especialista em coluna e dor.  “Estes dados reforçam a preocupação que o paciente e o médico devem ter com o tabagismo enquanto fator de risco para as doenças da coluna”, reforça o médico Juliano Fratezi.

O ortopedista alerta, ainda, para a recuperação dos pacientes quando estes largam o hábito de fumar. “É possível identificar uma melhora no quadro de dor quando comparamos aos que continuam fumando”, revela Fratezi, que ainda aponta alguns dos motivos que podem contribuir para este fator: “Muitas vezes, esses pacientes incluem na sua nova rotina a prática de atividades físicas, elevando ainda mais o nível de substâncias que ativam o prazer e diminuem a dor”, ressalta o especialista. 

 



Juliano Fratezi - médico ortopedista, especialista em coluna e pós-graduado em dor pelo IEP-Hospital Sírio Libanês, especialista em neuromodulação invasiva no tratamento da dor pelo INDOR-DF, membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

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